Técnica de enfermagem é encontrada morta em Fortaleza após quase um mês desaparecida

A família só teve a confirmação da identidade após exames da arcada dentária

Lindete Bezerra de Albuquerque, 55, técnica de enfermagem que estava desaparecida desde o dia 26 de março em Fortaleza, foi encontrada morta às margens de um rio, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). O corpo dela foi achado no dia 18 de abril e reconhecido pela família cerca de uma semana depois. 

Segundo o sobrinho da vítima, Giovane Albuquerque, informou ao Diário do Nordeste nesta sexta-feira (6), o corpo estava em estado avançado de decomposição, fato confirmado pela SSPDS. Foi necessário um exame da arcada dentária para viabilizar a identificação, diz o parente.

O enterro de Lindete foi no último dia 28 de abril, no Memorial Fortaleza. Segundo o sobrinho, "não houve condições de fazer velório, então foi tudo muito rápido". 

"Todos nós estamos em negação. Minha mãe está sofrendo muito porque, de tudo que poderia ter acontecido, essa foi a maneira que ninguém imaginava que pudesse acontecer, principalmente se tratando dela que era uma pessoa tão boa e querida por todos", informou o jovem. 

Nesta sexta-feira (6), colegas da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac), onde a mulher trabalhava há cerca de 30 anos, celebraram uma missa em homenagem a ela. 

Conforme a SSPDS, a 6ª delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (6ª DHPP) segue investigando as circunstâncias da morte de Lindete. 

Desaparecimento

Lindete Albuquerque teria sido vista pela última vez no bairro Granja Portugal, em Fortaleza, no dia 26 de março. 

No dia 29 de março, que seria seu plantão, a vítima não compareceu, e amigos começaram a ficar preocupados, pois ela não costumava faltar. 

Os colegas definiram técnica de enfermagem como "uma pessoa simples, amante dos animais e da natureza". Quando desapareceu, ela não levou itens pessoais como celular e bolsa, segundo os parentes. Lindete morava sozinha.