Um dos suspeitos de matar o empresário canadense de 85 anos em um sítio no Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza, é filho do caseiro do sítio vizinho ao da vítima. Outras duas pessoas presas também suspeitas de participação no delito são a companheira e uma amiga do rapaz, informou a polícia.
Miguel da Silva Correia, 24 anos, a namorada Maria Luana Nicolau Pereira, 23 anos, e uma amiga do casal Vanesca Silva Oliveira, 22 anos, foram presos preventivamente e autuados por latrocínio.
O rapaz confessou o crime e deu detalhes de como atacou Walter Max Voigtlander, de 85 anos, encontrado morto, amarrado e amordaçado na quarta-feira (11), na varanda do sítio localizado no distrito de Olho D'Água, distante 20 km do Centro do município.
“Eles sabiam que a vítima poderia manter consigo dinheiro. O Miguel alega que vem passando por dificuldade financeira”, disse o titular da Delegacia Metropolitana de Eusébio, Everardo Lima, responsável pela investigação.
Os suspeitos conheciam a vítima e a rotina do empresário, que tinha hábito de se locomover de bicicleta por toda a cidade do Eusébio.
“Era um investidor na cidade e tinha o hábito de trabalhar com dinheiro em espécie”, explica o delegado.
Vítima foi sufocada
O empresário morava sozinho e costumava fazer uma varredura na parte externa da propriedade antes de entrar em casa. No dia do crime, ao fazer isso, foi atacado por Miguel Correia. Ele e as outras duas suspeitas do latrocínio entraram no sítio pelo terreno da propriedade vizinha, cujo pai de Correia tomava conta.
Ainda conforme Everardo Lima, o pai do suspeito, caseiro do sítio vizinho à propriedade de Max Voigtlander, não sabia que o filho havia invadido a propriedade com a namorada e uma amiga. Para o delegado, o caseiro não teve qualquer participação no caso.
Ao sofrer o ataque, o empresário e Correia entraram em luta corporal. As duas mulheres também ajudaram a conter a vítima, segundo a polícia.
O idoso desmaiou e foi amarrado e amordaçado pelo grupo.
Uma das principais suspeitas da polícia é de que a vítima tenha morrido por sufocamento, já que não havia lesão à bala no corpo do empresário. No entanto, o laudo com a causa exata da morte ainda vai ser concluído pela Perícia Forense.
Roubo de R$ 139
O trio roubou uma quantia de R$ 139 encontrada em uma mochila do empresário, e um aparelho celular antigo, segundo o delegado.
As investigações do caso seguem e a polícia apura se existiu um mandante do crime, já que o homem possuía bens maiores.
A polícia ainda busca contato com familiares da vítima.