A Cadeia Pública de Itapajé, no interior do Ceará, contava com apenas um agente penitenciário no momento da rebelião que culminou com a morte de 10 presos dentro da unidade prisional. O espaço contava com mais de 80 presos até o momento da chacina.
Conforme o delegado da cidade, André Firmino, membros de facções eram separados em celas, sendo duas para o Comando Vermelho (CV), duas para o Primeiro Comando da Capital (PCC). Porém, durante o banho de sol que costuma iniciar às 8h, os detentos entraram em conflito.
“É o momento mais delicado o banho de sol deles, porque ficam todos juntos no pátio e é difícil segurar”, comenta Firmino.
De acordo com os primeiros detentos ouvidos pela polícia, a chacina desta segunda-feira (29) não tem relação com as mortes em Fortaleza e Região Metropolitana. “Eles disseram que não têm ligação, inclusive disseram que não havia nenhum ‘salve’ dos líderes deles, não havia determinação neste sentido”, explica.
Nove das 10 vítimas já foram identificadas. São elas: Alex Alan de Sousa Silva, Francisco Mateus da Costa Mendes, Francisco Davi de Sousa Mesquita, Caio Mendes Mesquita, Manuel Silva Viana, Francisco Elder Mendes Miranda, Willian Aguiar da Silva, Carlos Bruno Lopes e Francisco Elenilson Sousa Braga.
Superlotação
A cadeia da cidade contava com mais de 80 presos e passou por uma vistoria há cerca de um mês. Na ocasião, foram encontrados celulares e facas. Já neste ano, um tentativa de rebelião foi registrada, porém sem feridos. André Firmino acredita que as armas de fogo usadas para a chacina na unidade prisional entraram recentemente.
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Assista à movimentação em frente à Cadeia Pública de Itapajé
Veja entrevista com o delegado André Firmino (a partir do minuto 23)