A Justiça decidiu absolver Yago Steferson Alves dos Santos, o 'Yago Gordão', líder de uma facção criminosa cearense, pelo crime de tráfico de drogas. Yago tem extensa ficha criminal e é conhecido pelas autoridades por compor o conselho final de um grupo armado local.
Ainda na mesma decisão, publicada no Diário da Justiça, o colegiado da Vara de Delitos de Organizações Criminosas condenou o acusado pelo crime de associação para o tráfico. Por este crime, ele foi sentenciado a cumprir seis anos e seis meses de prisão.
O acusado chegou a negar em depoimento que permitiu o acesso dos policiais ao celular dele e que "estava passando por problemas psicológicos, sendo acompanhado por psicólogo e psiquiatra". A Justiça decidiu que o acesso ao aparelho telefônico esteve dentro da lei e que a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) procede.
"A peça delatória teve como supedâneo a prisão em flagrante do denunciado no dia 19 de dezembro de 2018. Consta da denúncia que policiais civis visavam dar cumprimento aos mandados de prisão preventiva expedidos em desfavor do acusado em outros feitos, oportunidade em que o acusado afirmou compor o Conselho Final da facção GDE, bem como que traficava drogas"
Devido aos outros processos que Yago responde, os juízes destacaram que "não há que se falar em substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, nem em suspensão condicional da pena"
OUTRAS ACUSAÇÕES
Yago Steferson Alves dos Santos ainda foi denunciado por matar um homem, porque o suspeito acreditava que a vítima era informante da Polícia e que "colaborava com as instituições de segurança pública, fornecendo informações sobre criminosos do local".
Além deste homicídio, ele ainda é apontado como dono de um dos sete anéis templários que distingue a alta cúpula do grupo criminoso cearense.
O líder da facção foi recapturado em dezembro de 2018. A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil do Ceará (PCCE), localizou Yago Steferson em um shopping, em Natal (RN). Segundo as investigações, o então suspeito levava uma vida de luxo naquele Estado e morava em um apartamento de alto padrão.
Em março de 2021, a Justiça estadual o condenou, com pena final que chega a quase 14 anos de prisão, por tráfico de drogas e integrar organização criminosa.