Quatro policiais militares foram presos, nesta segunda-feira (22), em uma investigação da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD), por suspeita de integrar um grupo criminoso ligado a homicídios, extorsões e tráfico de drogas, na região do Grande Pirambu, em Fortaleza.
A CGD informou que a Delegacia de Assuntos Internos (DAI) e a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) cumpriram 4 mandados de prisão preventiva e 7 mandados de busca e apreensão. Os nomes dos alvos não foram divulgados.
A Coordenadoria de Inteligência (Coin) da SSPDS e a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil do Ceará (PCCE), auxiliaram no cumprimento das ordens judiciais.
"A investigação tem por objetivo desarticular e prender integrantes de um grupo criminoso, composto por agentes de segurança pública, atuante em homicídios, extorsões, tráfico de drogas e comércio ilegal de arma de fogo, na região do Grande Pirambu, em Fortaleza", resumiu a Controladoria.
Policiais militares mortos
Segundo a CGD, "a atuação criminosa desse grupo acarretou, inclusive, em Crimes Violentos Letais Intencionais (homicídios), tanto de policiais, quanto de suspeitos de crimes da região, entre fevereiro e maio de 2024".
Dois policiais militares que eram investigados por suspeita de participar de uma milícia, na região do Grande Pirambu, foram assassinados nesse período: o soldado Bruno Lopes Marques, de 27 anos, foi executado no dia 12 de fevereiro deste ano; e o cabo José Heliomar Adriano de Souza Filho, 42, foi morto a tiros, no dia 12 de maio último.
Seis policiais militares ainda foram baleados, em um confronto com membros da facção carioca Comando Vermelho (CV), também no mês de fevereiro do ano corrente. Segundo as investigações policiais, os dois grupos criminosos disputam território para praticar crimes, no Grande Pirambu.
O grupo de extermínio formado pelos policiais militares é suspeito de matar dois homens na madrugada de 15 de fevereiro deste ano, em retaliação à morte do soldado Bruno Maques.