Preso o sexto suspeito de participar da morte do prefeito de Granjeiro, no Ceará

Outras três pessoas suspeitas foram conduzidas para a Delegacia Regional de Crato

A Polícia Civil prendeu, na madrugada desta quinta-feira (9), o sexto suspeito de participar da morte do prefeito de Granjeiro, João Gregório Neto, conhecido como 'João do Povo'. A prisão aconteceu em uma residência, no bairro Mauriti, no município do Crato, na Região do Cariri. Outras três pessoas suspeitas foram conduzidas para a Delegacia Regional de Crato.

O crime aconteceu no dia 24 de dezembro de 2019. João Gregório foi assassinado em Granjeiro, quando caminhava na cidade. 

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Segundo informações do delegado Regional de Polícia Civil do Crato, Luiz Eduardo da Costa Santos, Wylliano Ferreira da Silva de 30 anos, já possuía contra ele, um mandado de prisão temporária, que havia sido solicitado pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) ao Poder Judiciário, por meio da Vara Única da Comarca de Caririaçu. O homem já possuía passagens por receptação.

Segundo a polícia, durante as diligências no imóvel, três indivíduos foram localizados e conduzidos junto com Wylliano para a delegacia de Crato. Conforme levantamentos policiais, a casa, onde os suspeitos foram encontrados, teria sido utilizada como apoio para os envolvidos no delito. De acordo com o delegado, o trio é suspeito de integrar uma organização criminosa da região e de alugar veículos de locadoras para serem utilizados em ações criminosas e depois não os devolverem às suas origens.

“Esses homens vieram até a região trazer um outro veículo que foi alugado e não tinham a intenção de devolvê-lo. Esse é o principal tipo de golpe que eles aplicam. Eles subtraem carros das locadoras e utilizam em crimes ou repassam para pessoas que moram em sítios, onde não existe fiscalização. Eles serão ouvidos aqui na delegacia e avaliaremos a situação flagrancial de cada um. A investigação sobre o homicídio do prefeito de Granjeiro segue em andamento e logo esperamos chegar a uma conclusão que a sociedade espera, que é a resolução por completo esse caso”, finalizou o delegado.

Execução

Conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a polícia reuniu provas que indicam que o crime teve relação com a desavença política entre a vítima e outros políticos. Em janeiro deste ano, o atual prefeito de Granjeiro, Ticiano Tomé, e o pai dele, Vicente Félix de Souza, se tornaram suspeitos de envolvimento no crime. Contra Félix, a Justiça determinou que ele utilizasse tornozeleira eletrônica.

Quinto suspeito preso

O quinto suspeito de participar da morte de João Gregório Neto, conhecido como 'João do Povo', foi preso no último mês de abril. Um homem de 31 anos, de identidade ainda não revelada, foi capturado na cidade de Monteiro, Estado da Paraíba. 

A prisão do suspeito aconteceu durante operação da Polícia Militar, após ele aplicar um golpe contra um estabelecimento comercial. O homem teria abastecido o carro na cidade de Sumé e fugiu do local sem pagar pelo serviço. O suspeito foi interceptado na BR-412, na entrada de Monteiro.

No carro onde ele estava teriam sido encontrados sete cartões de crédito e uma televisão. Durante a abordagem, os policiais militares verificaram que contra o suspeito tinha um mandado de prisão em aberto por participar do assassinato do prefeito.

Outras prisões

Em março deste ano ocorreu a quarta prisão, em Fortaleza. De acordo com a Polícia Civil, José Plácido, tio do atual prefeito de Granjeiro, orientou testemunhas do caso. Plácido foi preso por força de um mandado de prisão temporária expedido contra ele.

Os outros três presos pelo crime foram identificados como Carlos Alberto Ferreira Cavalcanti, Ronndinere Francino de Andrade e Carlos César Gonçalo de Freitas.

Vida Pública

Gregório ingressou na política como vereador em 1989 e foi reeleito em 1993, ambas as candidaturas pelo Partido da Frente Liberal (PFL). Em 2016, retornou como candidato a prefeitura de Granjeiro e foi eleito com 2.358 votos (52.39%).

Conhecido popularmente como "João do Povo", em novembro de 2018 foi alvo da Operação Bricolagem da Polícia Federal, que investigava fraudes em licitações. As investigações mostraram que o prefeito chegou a movimentar cerca de R$ 26 milhões em um período de dois anos na conta de um parente,beneficiário da aposentadoria rural. Na casa do gestor, a PF encontrou R$ 213 mil em caixas de sapato.