O prefeito de Santana do Acaraú, Marcelo Arcanjo, se entregou à Polícia Civil nesta terça-feira (4), seis dias depois de supostamente ter assassinado um ex-servidor da Prefeitura da cidade. A informação foi confirmada pelo Departamento de Polícia do Interior Norte (DPI-Norte).
Arcanjo chegou acompanhado de um advogado, já prestou depoimento e se encontra encarcerado. Ele se livrou da prisão em flagrante, mas sua prisão temporária já havia sido decretada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) na última sexta-feira (31).
Durante coletiva nesta terça-feira (4), o delegado Marcos Aurélio, diretor do Departamento de Polícia do Interior, informou que Marcelo Arcanjo tinha direito ao porte de arma de fogo por ser policial federal aposentado. O prefeito de Santana do Acaraú teria descartado a arma do crime em um rio. O objeto ainda não foi encontrado pela Polícia.
Testemunhas ouvidas durante a investigação alegaram ter sentido cheiro de bebida alcóolica vindo de Arcanjo pouco antes do assassinato, mas o suspeito nega a informação.
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Ainda segundo o delegado, o crime teve relação com a política. Em depoimento, o prefeito afirmou que o ex-servidor espalhava informações falsas sobre ele desde que havia sido exonerado do cargo que ocupava na gestão. "Tem relação com a política. A vítima se sentia desprestigiada pelo tratamento que o gestor deu a ele. Achava que tinha sido injustiçado porque foi demitido. E por essa razão criticava a gestão. Além da crítica havia o comentário da vítima que a primeira dama teria recebido R$ 10 mil em propina. Isso enfureceu o autor e foi até a casa da vítima para tomar satisfações da crítica", detalhou o delegado Marcos Aurélio.
Marcelo Arcanjo também alegou em depoimento que atirou contra a vítima após ter sido agredido por ela. A versão contada pelo prefeito, no entanto, não foi citada por nenhuma das testemunhas ouvidas pela Polícia.
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