Uma operação realizada pelas polícias civis do Ceará e de Goiás resultou na prisão de 14 pessoas que atuavam em crimes relacionados a fraude eletrônica, na manhã desta quarta-feira (31).
Os investigados na operação "Precatório Fantasma" obtinham dados de processos judiciais das vítimas e se passavam por advogados e servidores do Poder Judiciário. Eles pediam transferências bancárias a título de pagamento de honorários e impostos, afirmando serem necessários para a liberação de precatórios e alvarás.
Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva pelos crimes de fraude eletrônica e associação criminosa — desses um já estava recolhido em sistema prisional.
Também foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão na Capital e na Região Metropolitana de Fortaleza, além de ter sido realizado o bloqueio de 343 contas bancárias. Os mandados foram cumpridos em Fortaleza e nas cidades de Pacatuba, Maranguape, Canindé e Aquiraz.
Como funcionava o crime?
Os suspeitos, que têm entre 20 e 57 anos, pediam transferências bancárias a título de pagamento de honorários e impostos, afirmando serem necessários para a liberação de precatórios e alvarás.
Foram identificados mais de 50 vítimas no estado de Goiás, que após os pagamentos recebiam falsos comprovantes e documentos falsificados com o nome de juízes e desembargadores.
"O perfil, basicamente, são vítimas que já têm alguma ação judicial, algum precatório ou alvará a ser liberado, e por conta disso esses criminosos conseguiam informações privilegiadas, que conferiam maior aparência de veracidade na fraude que era empregada", disse o delegado de Polícia Civil de Goiás, Leonardo Dias.
Após as prisões, os suspeitos foram encaminhados à sede da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), unidade da PCCE. Todos estão à disposição do Poder Judiciário.