Policial penal mata colega em presídio na Pacatuba e é encontrado morto

O suspeito de 38 anos fugiu após o crime e segundo a Secretaria da Segurança, tirou a própria vida nas proximidades da Praia de Iracema, em Fortaleza

Dois policiais penais lotados na Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo, em Pacatuba, morreram na madrugada deste sábado (6). Conforme informações do Sindicato dos Policiais Penais e Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (Sindppen-Ce), Glauber Monteiro Peixoto foi vítima de disparos de arma de fogo efetuados pelo colega de categoria Wendell Gondim Cruz, que se suicidou após o crime.

O Sindicato divulgou nota contando que a tragédia aconteceu quando Wendell teve um surto e disparou contra Glauber. Após ver que o colega estava morto, Wendell saiu da unidade prisional e foi aos arredores da Praia de Iracema, onde teria se jogado de um espigão.

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) confirmou as mortes. Segundo a Polícia, o  Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apura as circunstâncias do homicídio.

"A vítima, um policial penal de 43 anos, foi atingido por disparos de arma de fogo e não resistiu aos ferimentos. O suspeito, outro policial penal, de 38 anos, empreendeu fuga após o crime e tirou a própria vida nas proximidades da Praia de Iracema, em Fortaleza (AIS 1). Equipes das Forças de Segurança foram acionadas e um procedimento foi instaurado no DHPP, que investiga o caso", disse a PC em nota.

O Conselho Penitenciário do Estado do Ceará (Copen) divulgou nota manifestando profundo pesar pelas mortes. O Copen afirma acompanhará as circunstâncias do "infeliz evento".

A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) também confirmou as mortes e lamentou o ocorrido. 

Veja nota na íntegra da SAP:

"A Secretaria da Administração Penitenciária confirma e lamenta, com pesar, o falecimento dos policiais penais Wendell Gondim Cruz e Glauber Monteiro Peixoto. A SAP comunica que as investigações sobre o caso já foram iniciadas, mas que os primeiros indícios sugerem um homicídio seguido de suicídio. A pasta entende o nível de responsabilidade da categoria e toma todas as medidas necessárias para a prevenção e cuidado da saúde física e mental dos policiais penais cearenses. O setor de atendimento psicossocial da Secretaria mantém um profissional psicólogo em cada unidade prisional do Estado a disposição dos agentes. Além disso, os policiais penais contam com um serviço de plantão psicológico com funcionamento ininterrupto durante os 7 dias da semana. Por fim, a SAP informa que o Sindicato da categoria tem acesso normal nas unidades prisionais e que o atual sistema prisional do Ceará devolveu os espaços de autoridade e respeito aos policiais penais. As regalias e exigências do crime encerraram e foram substituídas pela autonomia e gerência de cada policial penal em seus locais de trabalho. O que antes era apreensão e desrespeito hoje se transformou em aumento do efetivo, aquisição de equipamentos, cursos de qualificação, ações sociais e terapêuticas e, principalmente, o papel do agente do Estado como mantenedor legítimo do sistema penitenciário do Ceará".