O delegado-geral de Polícia Civil do Maranhão, Jair Paiva, informou que a corporação acompanha de perto o caso da investigadora policial de 53 anos agredida a pauladas durante um curso tático no Ceará. Em pronunciamento enviado ao Diário do Nordeste nesta quarta-feira (21), ele diz "acreditar que tudo vai ser esclarecido e que os culpados serão responsabilizados".
Paiva pontua que a Polícia maranhense tem trocado informações e documentos com a corporação cearense. Além de prestar depoimento à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em Fortaleza, a policial agredida no dia 8 de junho foi ouvida na Delegacia Geral de São Luís ao retornar para casa.
"Por fim, a PC-MA ressalta que já formalizou um pedido de apuração do ocorrido junto à Polícia Civil do Ceará que investiga o caso. O fato está sendo acompanhado pela Delegacia Geral de Polícia do Maranhão", diz nota da corporação do Maranhão.
Pelas redes sociais, ainda nessa terça-feira (20), o governador do Maranhão, Carlos Brandão, manifestou apoio ao caso da mulher e pontuou que "o Sistema de Segurança Pública do Maranhão segue acompanhando de perto" e fornece todo o apoio necessário à vítima. Ele ainda agradeceu a colaboração da Polícia Civil cearense.
No Ceará, o governador Elmano de Freitas também acompanha o crime e até determinou a exoneração do então diretor-geral da Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp), coronel da PM Clauber Wagner Vieira de Paula. O órgão foi o responsável pela promoção do Curso Tático Policial Feminino (CTAP).
Agressão a pauladas
No último dia 8 de junho, uma investigadora da Polícia Civil do Maranhão de 53 anos, que não será identificada, foi agredida a pauladas por um instrutor policial de Tocantins durante a 3ª edição do (CTAP), promovido pela Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (Aesp). Ela teve hematomas nas nádegas e divulgou o caso em suas redes sociais após pedir para sair do curso e voltar ao estado maranhense.
A agente de segurança, que trabalha nas forças de segurança há 14 anos, relatou ao Diário do Nordeste que o agressor a chamava de "velha" durante as pauladas para fazer "pressão psicológica".
Ela conta que pediu desligamento da instrução e retornou ao alojamento, onde foi procurada pela coordenação do Curso e por policiais. Eles teriam pedido desculpas e solicitado que ela voltasse às aulas, mas, segundo ela, o trauma da agressão a deixou com medo.