A Polícia Federal cumpriu no Ceará, na manhã desta quinta-feira (17), parte dos 180 mandados de busca e apreensão e outros 35 de prisão preventiva expedidos pela Justiça em 12 estados contra membros de uma organização criminosa responsável por aplicar fraudes milionárias ao Seguro Defeso. O esquema gerou pagamentos de mais de R$ 1,5 bilhão em 1.340 municípios.
Além do Ceará, também foram alvos da "Operação Tarrafa" Pará, Maranhão, São Paulo, Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Tocantins e Piauí. Mais de 600 policiais federais participaram da ofensiva.
As investigações começaram em 2020, quando foram identificados elementos de fraudes na inserção dos dados no Registro Geral de Pescador e, posteriormente, no pedido de deferimento do benefício previdenciário.
Segundo a PF, ao menos 102 Certificados Digitais de Identificação fraudulentos foram expedidos em nome de servidores públicos. Com esses documentos, os criminosos conseguiram efetuar cerca de 436 mil pedidos do Seguro Defeso, envolvendo cerca de 400 mil CPFs e com participação de diversas colônias, sindicatos e associações de pescadores.
Os envolvidos no esquema poderão ser enquadrados nos crimes de estelionato, participação em organização criminosa, falsificação de documento público, uso de documento falso, inserção de dados falsos em sistemas de informação, corrupção passiva e corrupção ativa.
Também colaboraram na apuração do crime a Secretaria da Pesca – SAP/MAPA, INSS, Secretaria Especial de Previdência e Trabalho – SEPT/ME, Caixa e Dataprev.