Uma quadrilha ligada a uma facção criminosa foi desarticulada em uma operação da Polícia Civil do Ceará (PCCE), nesta quarta-feira (20). Mandados de prisão preventiva foram cumpridos contra seis suspeitos de cometer homicídios, expulsar moradores e extorquir comerciantes, em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Cinco suspeitos foram presos no bairro Canindezinho, em Fortaleza. Enquanto o sexto alvo já estava detido no Sistema Penitenciário, mas também teve o mandado cumprido. Com o grupo, foram apreendidos aparelhos celulares, que serão analisados para o aprofundamento das investigações.
A identidade dos suspeitos não foi divulgada pela Polícia Civil. Eles têm entre 24 e 26 anos e possuem diversas passagens pela Polícia, por crimes como tráfico de drogas, homicídios, posse ilegal de arma de fogo e violência doméstica. Um deles, de 24 anos, é considerado o líder da quadrilha.
Participaram da operação a Delegacia Metropolitana de Maracanaú e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil do Ceará; equipes da Polícia Militar do Ceará (PMCE); e as coordenadorias de Inteligência (Coin) e Integrada de Planejamento Operacional (Copol) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
Racha dentro de facção
O titular da Delegacia Metropolitana de Maracanaú, delegado Alan Pereira, contou, em coletiva de imprensa, que a quadrilha alvo da operação pertencia a uma facção criminosa, mas, em razão dos crimes cometidos contra moradores e comerciantes das comunidades Alto da Mangueira, Colônia Antônio Justa e Mutirão Vida Nova, o grupo foi expulso da organização criminosa e aderiu a uma facção rival.
A expulsão da facção levou ao embate entre antigos comparsas, o que ocasionou o aumento de homicídios na região. "A gente acredita que, com esse baque no crime, os números vão dar uma reduzida, principalmente nessas reclamações que fizeram iniciar o inquérito, que seria as expulsões dos moradores, as extorsões dos comerciantes e o número de homicídios", apontou Pereira.
Segundo o investigador, "esses presos de hoje entravam em contato com os comerciantes e queriam que eles pagassem uma taxa, para evitar que eles fossem assaltados. Basicamente, era esse o motivo da extorsão".
O policiamento foi reforçado na região de Maracanaú. "A Polícia Militar do Estado do Ceará atua na região de Maracanaú seguindo orientações da Superintendência de Pesquisa e Estratégia, em áreas operacionais qualificadas, no seu policiamento ostensivo", informou o coordenador geral de Operações da PMCE, coronel Kilderlan Nascimento.