Homem envolvido em sequestro relâmpago em Fortaleza já usava tornozeleira eletrônica

Familiares da vítima chegaram a receber ligações dos criminosos, que exigiam transferências via Pix, em troca da liberdade

Um dos suspeitos de participar do sequestro relâmpago de um gerente bancário em Fortaleza utilizava tornozeleira eletrônica quando foi capturado pela Polícia.

Consta ainda em documentos que a reportagem do Diário do Nordeste teve acesso que Rafael Martins Lima, 21, teria cedido o telefone para o contato dos demais membros da quadrilha com a família da vítima sequestrada.

Rafael já tinha antecedentes criminais por roubo à pessoa. Ele foi preso no bairro Couto Fernandes, em Fortaleza e optou por permanecer em silêncio durante seu depoimento. Não há informações que ele seja vinculado a qualquer facção criminosa.

Nessa segunda-feira (7), a Polícia Civil do Ceará divulgou que, ao todo, foram presos sete suspeitos de participarem do sequestro. Também foram identificados: Matheus Batista de Oliveira, de 18 anos, e queria o mentor do crime; Anderson Vinícius Silva de Medeiros; e Caio César Evangelista Oliveira.

EXIGÊNCIAS DURANTE O SEQUESTRO

Familiares da vítima chegaram a receber ligações dos criminosos, que exigiam transferências via Pix, em troca da liberdade. A reportagem apurou que os suspeitos ligaram para diversos parentes pedindo de R$ 500 a R$ 1 mil, limite de valor durante a noite.

Uma irmã da vítima chegou a transferir R$ 500. A Polícia conseguiu rastrear o dinheiro, enviado para a conta de Anderson Vinícius Silva de Medeiros. Os agentes foram até o endereço do suspeito e lá ele confirmou o recebimento do montante.

A vítima foi levada a um caixa eletrônico em um supermercado, no bairro de Fátima, por volta de 9h do último sábado. De acordo com a Polícia Civil, o grupo efetuou um tiro na perna do gerente de banco durante o sequestro. 

Os suspeitos foram autuados por extorsão mediante restrição da liberdade, associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo e receptação. O trabalho que resultou nas prisões foi coordenado pela Divisão Antissequestro (DAS), com apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) e Departamento de Inteligência (DIP) da PC-CE.