O cirurgião-dentista Sérgio Henrique Alves Paiva, de 35 anos, desapareceu nessa quarta-feira (18) em Eusébio, no bairro Timbu, localizado na Grande Fortaleza, após pegar uma corrida de moto na CE-040. Imagens de um circuito de segurança mostram ele em conversa com um motociclista, antes de subir na garupa e não ser mais visto, por volta das 17h50.
A esposa, Ana Paula Arruda, informou ao Diário do Nordeste que o marido deixou o condomínio de casas onde moram pouco tempo depois de conversarem sobre problemas do casal e também sobre sintomas depressivos que ele apresentava. Segundo ela, amigos chegaram a expressar preocupação com Sérgio, que teria sido aconselhado por uma psicóloga a procurar atendimento psiquiátrico.
Conforme a autônoma de 38 anos, o sumiço de Sérgio foi notado no momento em que ela o procurou para ele ficar com a filha do casal, de sete meses. Ela citou que esposo saiu com o celular descarregado, um relógio e carteira.
Mais cedo, entre a manhã e a tarde de quarta, o dentista teria passado mal por conta de pressão alta e procurado a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Eusébio, onde foi medicado e teve alta.
"Quando ele chegou em casa eu percebi que ele estava medicado. A gente teve uma conversa onde eu expus algumas chateações, e aí ele desceu. Era uma conversa rotineira. Quando ele desceu, eu não achei que ele ia sair de casa, pensei que tivesse ido dormir na varanda", relatou a esposa.
Polícia Civil investiga desaparecimento
O paradeiro do cirurgião-dentista é investigado pela Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) e pela Delegacia Metropolitana de Eusébio.
Um Boletim de Ocorrência (B.O) foi aberto pelo irmão de Sérgio. "O homem, de 35 anos, foi visto pela última vez nas proximidades de um condomínio, em Eusébio. O fato foi noticiado por meio de um Boletim de Ocorrência, que subsidia as diligências e oitivas realizadas pela PCCE", informou a corporação, em nota.
'Ele era muito caseiro', diz esposa
Conforme a esposa Ana Paula, Sérgio era uma pessoa caseira e que sempre estava em família. Ele não tinha o costume de sair sem avisar e também não fazia uso de drogas e nem de bebidas alcoólicas.
"Ele estava com alguns problemas no trabalho, com entregas e tudo. Acho que essa pressão toda contribuiu [para o desaparecimento]. Minha maior preocupação é se alguém fez algo com ele. Ele sempre foi muito caseiro, a gente sempre estava em família", descreveu a companheira do dentista.