Caso Maria Esther: acusado de espancar e matar enteada de 1 ano é condenado a 27 anos de prisão

Crime ocorreu em 2019 e acusado foi sentenciado na última quarta-feira (29)

A Justiça de Fortaleza condenou, na última quarta-feira (29), Franciel Lopes de Macedo, acusado de espancar até a morte a enteada Maria Esther, a 27 anos de prisão em regime fechado. O crime ocorreu em 2019, no bairro Canindezinho. Além da agressão e assassinato da bebê de 1 ano, houve, também, ocultação do cadáver. 

À época, investigações apontaram que, no dia dos fatos, a bebê estava chorando, o que sempre incomodava a mãe, Ana Cristina. Inquieta com o choro, Cristina espancou a filha com socos e tapas na cabeça, costas e tórax, e bateu a cabeça dela contra a parede.

Na ocasião, Franciel também teria entrado nas agressões e começado a espancar a vítima. Após a menina falecer, mãe e padastro foram até o município de Pacatuba, Região Metropolitana, esconder o cadáver da vítima. 

Preocupados em serem pegos pela polícia, o casal foi até a delegacia e simularam o sequestro da criança, afirmando que uma mulher loira e um homem armando em um veículo de cor preta teriam raptando a menina. 

Com o avanço das investigações e diante de contradições de relatos e da frieza demonstrada pela mãe e pelo padrasto com o rapto da criança, as autoridades conseguiram a confissão do crime.

Resolução do assassinato

Ana Cristina e Franciel deram versões distorcidas à polícia após a prisão. Enquanto Franciel afirmou que a menina foi agredida apenas pela mãe, além de ser maltratada no dia a dia, Ana Cristina contou que o marido tratava a mal a filha por seus problemas de saúde. 

Em novembro de 2022, Ana Cristina foi condenada a 22 anos e quatro meses de prisão por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime, ressaltando o motivo fútil, o emprego de meio cruel e a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima. Ela também era mãe de outra criança.

Segundo Franciel, a mulher costumava reclamar constantemente da filha mais nova, declarando que ela dava muito trabalho. Ana Cristina disse acreditar que quando Franciel começou as agressões, a filha já estava sem vida.

Durante o julgamento, dessa quarta-feria (29), foi ressaltado que, conforme laudo pericial, a criança sofreu violência sexual no anus, fato ainda não denunciado pelo Ministério Público.