Assaltante de banco é condenado a 16 anos de prisão por tentar matar policial no Ceará

O julgamento aconteceu nesta segunda-feira (18), na 1ª Vara do Júri, e ao acusado foi negado direito de recorrer em liberdade

Após quase oito horas de júri, Orlando Clemildo Batista de Abreu, o 'Escuma', foi condenado a cumprir 16 anos e quatro meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, por tentar assassinar um policial civil. Orlando é apontado como assaltante de banco e teria tentado matar o policial enquanto o agente trabalhava, em 2018.

O crime aconteceu na divisa entre as cidades de Amontada e Itapipoca. O promotor de Justiça do Ministério Público do Ceará (MPCE), Marcus Renan Palácio, representou a acusação e explicou que o processo foi encaminhado a Fortaleza devido à periculosidade do réu.

O julgamento aconteceu nesta segunda-feira (18), na 1ª Vara do Júri, e ao acusado foi negado direito de recorrer em liberdade. Ele também foi condenado por porte ilegal de arma de fogo e por integrar uma organização criminosa.

"O respectivo inquérito policial instaurado, elaborado com laudos, perícias e apreensão de farto material relacionado aos fatos, secundado pela proficiente atuação funcional da colega promotora de justiça atuante na instrução criminal perante o juízo de origem, a qual acompanhou com maestria a primeira fase do processo, foram essenciais à condenação do réu na sessão do júri realizado hoje"
Marcus Renan Palácio
Promotor de Justiça

O DIA DO CRIME

Policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) investigavam uma quadrilha com vasta ficha criminal relacionada a assaltos a bancos. Ao chegarem no local da denúncia, em 26 de julho de 2018, os agentes foram recebidos a tiros.

Consta nos autos que houve intensa troca de tiros e três suspeitos morreram no confronto:  José Silvio dos Santos Vieira, o 'Silveira'; Vicente José de Holanda, 'Gangão' e Francisco Adriano Martins da Silva, conhecido como 'Macumbeiro'.

O policial civil foi atingido por um disparo de pistola e sobreviveu.

Orlando fugiu, mas foi preso no ano seguinte, em uma blitz da Polícia Rodoviária Estadual (PRE). Ele chegou a apresentar documento falso, mas policiais detectaram a incompatibilidade dos dados do documento. Na ocasião, também foram apreendidos dois fuzis e vasta munição.