O jornal norte-americano The New York Times (NYT) divulgou um vídeo em defesa da Amazônia e sobre a importância das eleições presidenciais no Brasil neste domingo (30). A publicação apontou o segundo turno entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) como o dia "mais importante para a sobrevivência do planeta".
"No domingo, os brasileiros vão às urnas eleger seu próximo presidente. Mas, está em jogo algo muito mais importante do que a liderança da maior economia da América do Sul", diz a legenda da postagem no perfil New York Times Opinion no Twitter nesta quinta-feira (27).
Em um vídeo de mais de seis minutos, o jornal apresenta os riscos que a Floresta Amazônica sofre atualmente, com queimadas e desmatamento. Na publicação, é apresentado ainda um histórico do que os dois candidatos à Presidência fizeram a favor da Amazônia e o que pretendem fazer futuramente.
Atuação de candidatos
O NYT classifica que Bolsonaro e Lula são "insanamente falhos" no que concerne a proteção à maior floresta do mundo. No entanto, tece fortes críticas ao candidato do PL, atual presidente.
Segundo o periódico norte-americano, Bolsonaro prometeu que o meio-ambiente seria prioridade em seu governo, mas não cumpriu. O vídeo destaca a proximidade do presidente com a elite do agronegócio e diz que ele permitiu exploração sem fiscalização.
"Agora, o Brasil tem um sistema que capta em tempo real o corte de árvores, mas 98% não são investigados porque Bolsonaro acabou com a agência responsável por isso", pontua o vídeo.
Sobre o ex-presidente Lula, o New York Times destaca que o governo petista atuou com um "plano agressivo" para salvar a Floresta Amazônica, com novas áreas de conservação, leis de proteção e sistemas de monitoramento.
No entanto, o NYT aponta que durante o governo Lula houve uma recessão e ainda o escândalo de corrupção que acabou mandando o petista à cadeia anos depois. Em meio a esses acontecimentos, o desmatamento começou a subir e não parou mais, conforme o vídeo.
"E então veio Bolsonaro, terras indígenas foram roubadas, ativistas mortos e pelo menos 18 árvores derrubadas a cada segundo e uma área maior do que a Irlanda do Norte se perdeu para sempre". A publicação termina ponderando que "todos precisam de um presidente brasileiro que não vai queimar tudo".