O Ceará deve receber três milhões de doses da vacina CoronaVac a partir do dia 1º de setembro. O anúncio foi feito pelo governador de São Paulo, João Dória (PSDB), na manhã desta segunda-feira (23).
O estado será o primeiro a receber as vacinas diretamente do Instituto Butantan - fora do Plano Nacional de Imunização -, após contrato assinado ainda no dia 9 de agosto.
Dória destacou a decisão do governador cearense Camilo Santana (PT) em adquirir as três milhões de doses do imunizante. Por já ter o acordo firmado, o Ceará terá prioridade no recebimento das vacinas.Os estados do Maranhão e Espirito Santo receberão as doses na sequência.
A partir do dia 1º de setembro, nós estaremos entregados a governadores e prefeitos que solicitaram a vacina para complementação dos programas vacinais. Destaco a decisão do governador do Estado do Ceará, governador Camilo, que adiquiriu 3 milhões de dose, que receberá no início de setembro.
Procurado pela reportagem, o Instituto Butantan não informou até o fechamento desta reportagem como será o esquema de chegada das vacinas.
Dinheiro reservado para a compra direta junto ao Laboratório Sinovac e o Instituto Butantan.
O contrato de foi assinado pelo então Secretário de Saúde do Estado, Dr. Cabeto, que deixou o cargo pouco depois.
A compra será efetuada em dólar, com valor equivalente a R$ 59 por dose do imunizante.
Segundo o governador, a intenção da compra seria prevenir os atrasos causados pela distribuição do Plano Nacional de Imunização (PNI).
A expectativa inicial era de que o lote com as vacinas chegasse ao Ceará no fia 25 de agosto. Em entrevista exclusiva ao Bom dia Ceará ainda no início do mês, Cabeto disse que o Estado tentará compra direta da Pfizer.
A confirmação do envio de três milhões de doses da CoronaVac para o Ceará ocorre após o Consórcio Nordeste suspender, no último dia 5 de agosto, a compra da Sputnik V, o imunizante russo.
Ao todo, 37 milhões de doses do imunizante estavam previstas para compra. De início, a informação era de que as primeiras duas milhões chegariam em solo brasileiro ainda em abril deste ano, o que não ocorreu como planejado.
Já a compra da CoronaVac foi negociada de forma paralela, com o Instituto Butantan e com o laboratório Sinovac, na China.
O assessor Assuntos Internacionais do Governo do Ceará, César Ribeiro, passou dois meses em processo de tratativas com a farmacêutica, no país asiático.