O senador cearense Tasso Jereissati (PSDB) é um dos quatro nomes escolhidos pelo PSDB para disputar as prévias do partido. A corrida interna na sigla define quem poderá representar os tucanos nas eleições presidenciais do próximo ano. Além de Tasso, concorrem os governadores João Doria (São Paulo) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto.
Os pré-candidatos vão percorrer o Brasil apresentando as propostas do PSDB para a retomada do crescimento e o pleno desenvolvimento, tendo sempre a democracia como princípio e o diálogo como meta permanente.
— PSDB 🇧🇷 (@PSDBoficial) September 20, 2021
Mesmo antes da confirmação oficial, a disputa interna do tucanato já vinha cercada de turbulência. João Doria e Eduardo Leite travam os embates mais intensos, já que são os dois nomes mais cotados pelo partido.
Nesta polarização, Tasso tem maior proximidade com o governador gaúcho, tanto que, no mês passado, durante jantar em Brasília, os dois chegaram a discutir a possibilidade de lançar uma chapa única. À época, Leite garantiu que não haveria enfrentamento entre ele e o cearense.
O senador @tassojereissati é uma das minhas grandes referências no PSDB. O que fez pelo Ceará como governador e o que faz pelo Brasil no Senado o tornam indispensável na política nacional. Sua pré-candidatura à presidência tem o meu mais profundo respeito. Não nos enfrentaremos.
— Eduardo Leite (@EduardoLeite_) August 28, 2021
Apesar de ser um nome de peso no PSDB e ter se fortalecido no cenário da pandemia, o senador cearense não tem circulado em busca de apoio, diferentemente de Leite e Doria.
O paulista tem se dedicado a uma intensa agenda para tentar obter maioria de votos entre filiados e políticos de seu partido na disputa interna. Levando em conta a quantidade de tucanos que poderão votar, o diretório de São Paulo tem 24,2% dos eleitores.
Entenda as prévias
Nas prévias, poderão votar filiados (grupo 1): prefeitos e vice-prefeitos; (grupo 2): vereadores e deputados estaduais; (grupo 3): deputados federais, senadores, governadores, vice-governadores, presidente e ex-presidentes da executiva nacional (grupo 4). Cada grupo terá 25% de influência no resultado.
Eduardo Leite também mantém uma intensa agenda de viagens pelo País, principalmente para Brasília e São Paulo, base eleitoral de Doria. Uma das esperanças do gaúcho para superar a vantagem do diretório de São Paulo é o apoio do PSDB de Minas Gerais. O diretório, sob o comando do deputado federal Aécio Neves (PDSB), é o segundo maior do Brasil, totalizando 12,4% do peso nas prévias.