A votação da "PEC Kamikaze", que seria nesta quinta-feira (7), foi adiada para a próxima terça-feira (12) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A motivação foi o quórum baixo.
“Não vou arriscar nem essa PEC nem a próxima”, pontuou o presidente da Casa Legislativa na noite desta quinta.
A PEC institui estado de emergência até o fim do ano para ampliar o pagamento de benefícios sociais como Auxílio Brasil; vale-gás; voucher caminhoneiro; auxílio taxista; entre outros. Ela engloba ainda as propostas do piso da enfermagem (PEC 11/22).
Apenas 427 deputados registraram presença, mas 394 votaram um requerimento de encerramento da discussão. Nessa votação, a base conseguiu apenas 303 votos. São necessários 308 para aprovar uma PEC.
Sessão relâmpago
Logo no início da manhã desta quinta, a Câmara viveu uma cena inusitada: uma sessão no plenário da Casa durou apenas 1 minuto. A rapidez tem motivo: a sessão foi aberta apenas para dar celeridade à "PEC Kamikaze" que estabelece estado de emergência no País e amplia benefícios sociais, apesar do ano eleitoral.
A sessão foi aberta pelo deputado Lincoln Portela (PL-MG), às 6h30 da manhã, com a presença de apenas 65 dos 513 deputados federais.