O governo deve realizar o pagamento adicional do Bolsa Família de R$ 150 por criança até seis anos a partir de março. A informação foi anunciada nesta quarta-feira (11), após reunião entre o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em entrevista ao portal g1, após o encontro com Lula, o ministro disse que a pasta deve fazer uma varredura no cadastro do CadÚnico.
"Nós olhamos lá, são cerca de 10 milhões [cadastros irregulares] no meio de 40 milhões de famílias que estão no Cadastro Único, nós temos uma parte considerável que estará passando pelo crivo dessa atualização", disse Dias.
Entre os cadastros irregulares, estão pelo menos seis milhões de famílias compostas por uma só pessoa. "A atualização cadastral busca trazer quem está fora, para ter o direito. E também, com a atualização cadastral, a retirada [dos irregulares]", declarou.
O presidente Lula também anunciou o prazo em comunicado nas redes sociais. "Estamos trabalhando para atualizar o Cadastro Único e incluir mais famílias a partir de março, trabalhar para pagar o novo Bolsa Família, com R$ 600 por família e mais R$ 150 por criança, e combater a fome", disse Lula.
Bolsa família
O pagamento de parcelas de R$ 600 no Bolsa Família, com adicional de R$ 150 por crianças de até seis anos, foi uma das propostas do novo governo viabilizada pela PEC da Transição.
Promulgada pelo Congresso em 21 de dezembro, a PEC permitiu o acréscimo de R$ 145 bilhões ao teto de gastos em 2023. A estimativa é que R$ 70 bilhões sejam destinados para custear o Bolsa Família.
O presidente Lula assinou em 1° de janeiro, primeiro dia de governo, uma medida provisória para o pagamento de R$ 600 para as famílias mais pobres.