A governadora Izolda Cela (sem partido) negou que haja exoneração de servidores em seu governo por questões políticas após ter deixado o PDT. Ela se pronunciou em entrevista coletiva durante evento para entrega de ambulâncias nesta sexta-feira (29), em Fortaleza.
"Isso não procede, isso não procede. Eu não sou perseguidora, nunca fui perseguidora em situação nenhuma, nem com relação à oposição. Nunca tratei a política dessa forma, não procede", enfatizou a mandatária ao ser questionada sobre o assunto.
A fala rebate o presidente estadual da sigla, deputado federal André Figueiredo. Em entrevista ao jornal O Povo, na terça-feira (26), o parlamentar foi o primeiro do grupo a dizer que estaria havendo exonerações de pessoas ligadas ao partido após racha no grupo governista.
Além de André Figueiredo, o prefeito de Fortaleza José Sarto (PDT) também repercutiu as supostas demissões de pessoas ligadas ao PDT no atual Governo.
Questionado sobre o assunto durante a convenção do PSB na quarta-feira (27), o prefeito disse que o assunto "precisa ser apurado" e afirmou que uma investigação seria feita nesse sentido.
"Em sendo verdade, é lamentável que métodos antigos, arcaicos, ultrapassados, totalmente condenáveis para um grupo que prega a modernidade como é o nosso. Se realmente estiver acontecendo é para se denunciar", disse o prefeito da Capital.
Na terça-feira (26), quando foi alvo da acusação do PDT, a governadora anunciou desfiliação da legenda e, desde então, segue sem partido. Também nesta sexta-feira ela comentou sobre ter deixado o partido após o PDT decidir por lançar a candidatura do ex-prefeito Roberto Cláudio ao Governo.
"Me dá um conforto maior, uma situação mais adequada pra mim, me desobrigar nesse momento. Mas o foco é trabalhar, o foco é exatamente esse", afirmou.