O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 180 dias o inquérito das fake news, que investiga um suposto grupo criminoso que teria o objetivo de atacar membros da Corte.
De acordo com a assessoria do STF, a investigação foi prorrogada para "finalizar as investigações sobre a comprovação da existência, o financiamento e modus operandi do chamado 'gabinete do ódio', bem como de todos os seus participantes."
Ainda segundo o Supremo, também foi determinada a oitiva de mais 20 pessoas e "a complementação da análise das informações obtidas mediante a quebra de sigilo fiscal e bancário e o término das diversas diligências em andamento na Polícia Federal". O inquérito foi aberto em 2019 e tramita em sigilo.
Na semana passada, o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, disse que o inquérito das fake news foi "atípico", mas, "necessário e indispensável para enfrentar o extremismo no Brasil". Na avaliação do ministro, a investigação ainda deve se prolongar por 2025 diante das apurações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Iniciado em 14 de março de 2019, o inquérito das fake news foi uma iniciativa do então presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, que designou a relatoria a Moraes. A investigação mira a milícia digital que, segundo a apuração da Polícia Federal, atua contra a democracia e as instituições brasileiras.