Thiago Boava, viúvo da deputada federal Amália Barros (PL-MT), que morreu na madrugada desse domingo (12), lamentou a perda da companheira e publicou um vídeo de despedida nas redes sociais.
Na publicação, ele revelou que o casal sonhava em construir uma família e morar em uma casa nova que haviam construído juntos. "Construímos uma casa que nunca vamos morar juntos, sonhamos com filhos que nunca vamos ter. Sonhamos muitas coisas juntos que não vamos realizar", iniciou.
Thiago também comentou como Amália transformou sua vida e o quanto a amou ao longo dos 13 anos que viveram juntos. Ele ainda aconselhou os seguidores a abraçar aqueles que amam porque "a vida é assim". "Confiemos meus irmãos nas promessas do Senhor", escreveu.
Veja vídeo
O sepultamento de Amália ocorreu na manhã desta segunda-feira (13), no Cemitério Municipal da Saudade, em Mogi Mirim, a cerca de 166 quilômetros de São Paulo.
Amália estava internada em uma unidade de saúde na capital paulista desde o dia 1° de maio, após ser submetida a uma cirurgia para a retirada de um nódulo no pâncreas.
QUEM ERA AMÁLIA BARROS
Nascida em 22 de março de 1985 em Mogi Mirim, no interior paulista, Amália Scudeler de Barros Santos perdeu a visão do olho esquerdo por conta de uma infecção, a toxoplasmose, aos 20 anos de idade. Após passar por 15 cirurgias, ela teve, em 2016, que remover o olho e passar a usar uma prótese ocular, conforme informações divulgadas pela assessoria da parlamentar.
Jornalista de formação, ela era filiada ao Partido Liberal (PL), sendo eleita pela primeira vez como deputada federal pelo Mato Grosso em 2022. Apesar de ter nascido no estado de São Paulo, sua atuação política era pelo Mato Grosso.
Na Câmara dos Deputados, ela passou a integrar as comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, dos Direitos da Mulher e da Educação, entre outras. Atualmente, Amália era vice-presidente do PL Mulher.
Em 2021, ela fundou o Instituto Amália Barros, posteriormente rebatizado como Instituto Nacional da Pessoa com Visão Monocular. O local mobiliza campanha de doações de prótese ocular e presta assistência a monoculares.
Como defensora da causa, ela colocava frequentemente uma das mãos cobrindo o olho para cobrar políticas públicas para os monoculares. Ela, inclusive, inspirou a Lei 14.126/2021, que classifica a visão monocular como deficiência sensorial.