O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, na manhã desta sexta-feira (9), os cinco primeiros nomes que farão parte dos ministérios de seu terceiro mandato. Os nomes foram divulgados em coletiva de imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede da transição de governo.
O ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, assumirá o Ministério da Fazenda. A pasta será criada a partir do desmembramento do atual Ministério da Economia, que também dará origem às pastas de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e de Planejamento, Orçamento e Gestão.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), foi anunciado para comandar a Casa Civil. Costa não disputou a reeleição porque já estar segundo mandato e também abriu mão de concorrer a outro cargo público, já como parte das articulações políticas da coligação do PT no estado.
O ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro, foi confirmado no Ministério da Defesa. Ele foi ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, no segundo mandato de Lula.
Para o Ministério da Justiça e Segurança Pública foi designado Flávio Dino (PSB), ex-governador do Maranhão e senador eleito pelo mesmo estado.
Já o embaixador e ex-ministro Mauro Vieira comandará o Ministério das Relações Exteriores. Vieira já comandou o Itamaraty no governo Dilma Rousseff e, atualmente, é embaixador do Brasil na Croácia.
Demais ministros serão anunciados próxima semana
Os demais ministros serão anunciados na próxima semana, após a cerimônia de diplomação de Lula e do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. Originalmente, a equipe do futuro governo só seria anunciada após a diplomação, mas Lula decidiu antecipar alguns nomes após a aprovação no Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição.
Após anunciar os nomes, Lula disse que todos os ministros, até agora, são homens e prometeu mais diversidade na apresentação dos próximos cargos, a partir da semana que vem. “Vai chegar uma hora em que vocês vão ver mais mulheres do que homens e muitos afrodescendentes”, declarou.
O adiantamento dos nomes pretende desfazer impasses no Ministério da Defesa e agilizar as negociações na tramitação da PEC da Transição na Câmara dos Deputados. Na semana passada, Lula disse que estava com “80% do ministério na cabeça”, mas informou que a montagem definitiva da equipe dependia de negociações.
Em alguns casos, os futuros titulares começaram a visitar os ministérios que comandarão. Na manhã desta quinta-feira (8), Haddad reuniu-se com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Em relação ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, Lula disse que pretende desmembrar a pasta no futuro, mas que, no primeiro momento, Flávio Dino concentrará as duas pastas. Segundo ele, caberá ao futuro ministro reestruturar as carreiras da Polícia Rodoviária Federal e reduzir a interferência política nas forças de segurança.