O perímetro do hotel onde o presidente eleito Lula (PT) está hospedado foi isolado, em virtude dos protestos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília, na noite desta segunda-feira (12).
A informação foi confirmada pelo senador eleito Randolfe Rodrigues (Rede), membro da equipe de transição do governo Lula. "Nesse momento não há risco à integridade física do Presidente, do Vice e da delegação", afirmou.
O hotel está sob proteção da Polícia Militar e da Polícia Federal. Em nota enviada ao portal g1, a Secretaria de Segurança do Distrito Federal afirmou que as imediações do hotel em que Lula está hospedado têm vigilância reforçada por equipes táticas e pela tropa de choque da PM.
Os atos começaram em frente ao prédio da PF e seguiram para outras regiões do centro da capital, como o Setor Hoteleiro Norte. Os manifestantes queimaram carros e ônibus.
Manifestações em Brasília
As manifestações se iniciaram após a prisão do Cacique Serere, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda. Os manifestantes incendiaram veículos e avançaram contra o prédio onde fica a carceragem da PF.
A PM repreendeu os manifestantes com bombas de gás e balas de borracha. Pelo menos um ônibus foi incendiado, segundo o g1.
O ministro da Justiça, Anderson Torres, disse em suas redes sociais, às 23h10, que a situação estava se normalizando. "Tudo será apurado e esclarecido", afirmou.
O cacique foi preso por indícios de prática de crimes em atos antidemocráticos, a pedido Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele é suspeito de mobilizar indígenas e não indígenas para cometer crimes, com ameaça de agressão e perseguição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros do STF.
Diplomação de Lula
As manifestações acontecem no mesmo dia da diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB). Ambos foram diplomados na tarde desta segunda em solenidade no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.
O ex-governador do Maranhão Flávio Dino (PSB), que será o ministro da Justiça do governo petista, também declarou que a segurança de Lula está garantida. "As medidas de responsabilização jurídica prosseguirão, nos termos da lei", afirmou.
Além disso, acrescentou que já está em diálogo "com o GDF, a quem compete a garantia da ordem pública em Brasília, atingida por arruaças políticas".