Em um dia, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liberou R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares. Os valores foram empenhados nessa terça-feira (30), data da votação do projeto do marco temporal na Câmara dos Deputados e quando se planejava votar a medida provisória que reorganiza a Esplanada dos Ministérios.
Conforme o g1, até segunda (29), o governo havia liberado R$ 3,16 bilhões em emendas. Na terça (30), a soma chegou a R$ 4,87 bilhões. A maior parte da verba foi destinada a partidos do chamado 'Centrão'.
Deputados do PSD teriam sido beneficiados com R$ 190 milhões. Já a bancada do PL, com mais de R$ 250 milhões. O PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), teria recebido mais de R$ 175 milhões.
Veja as liberações de emendas até 30 de maio, por bancada
- PT: R$ 496, 4 milhões
- PSD: R$ 402,5 milhões
- PL: R$ 424,1 milhões
- PP: R$ 375,2 milhões
- União: R$ 310, 8 milhões
- MDB: R$ 281,9 milhões
- REP: R$ 310, 8 milhões
Impasse na Câmara
Há a possibilidade de que a medida provisória que reestrutura a Esplanada dos Ministérios seja votada na Câmara Federal nesta quarta-feira (31). No entanto, o texto presidencial sofreu alterações que geraram impasses entre parlamentares e governistas e pode não ser votado até amanhã (1º), prazo em que perde a validade, ou rejeitado.
Caso a MP expire ou seja rejeitada, a estrutura dos ministérios deve voltar a ser a da gestão anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Isso extinguiria pastas criadas em janeiro pelo presidente Lula, como a dos Povos Indígenas, da Cultura e da Igualdade Racial.