O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) foi indiciado por calúnia e injúria pela Polícia Federal (PF), nessa segunda-feira (25). Durante discurso na tribuna da Câmara, em 14 de agosto, ele apresentou foto do delegado Fábio Schor e o acusou de “fazer relatórios fraudulentos” contra Filipe Martins — ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL).
“Fui indiciado pela polícia do Lula por denunciar, da tribuna da Câmara, justamente um delegado dessa mesma polícia federal. Até onde irão esses abusos contra tudo o que diz a Lei e a Constituição do Brasil? Eu não vou me dobrar!”, declarou Van Hattem em publicação no X, antigo Twitter.
Em nota enviado ao canal CNN, o deputado disse que houve “uma inversão de competências da Polícia Federal, que deveria investigar o que eu denunciei e não investigar o denunciante”. “Eu fiz uma denúncia seríssima sobre as atividades de um policial federal, Fábio Shor, e o que aconteceu foi a retaliação da própria corporação, que decidiu por me investigar e por me indiciar”.
Em outubro, quando o parlamentar foi chamado para depor à PF sobre as falas, seu partido, o Novo, disse que ele possuía imunidade em função do seu cargo, que abrange “qualquer opinião e palavra”.
“Interpretações fora do que está previsto na lei são meras aventuras hermenêuticas para justificar o autoritarismo. Não há ‘talvez’ quando se trata de um dos fundamentos da democracia”, citou o partido.