Defesa de Anderson Torres pede prisão domiciliar de ex-ministro por causa de saúde mental debilitada

O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal está preso desde 14 de janeiro

Preso desde janeiro por supostamente facilitar a ação dos terroristas em 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes, a defesa de Anderson Torres pediu, nesta quarta-feira (26), um habeas corpus para a prisão seja convertida em domiciliar. Representantes alegam que o ex-ministro está depressivo e emagreceu 10kg.

As informações são do Correio Braziliense. Conforme a representação do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), o pedido foi enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. 

A defesa também enviou um laudo psiquiátrico realizado por um profissional da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Conforme a colunista Ana Maria Campos, do Correio, o exame mostra que Torres está deprimido, vem recebendo forte medicação e apresenta perda de peso. 

Torres vem recebendo visita apenas da esposa e dos advogados. O ex-ministro informou a sua representação que não quer receber visita de políticos. 

Quem é Torres

O ex-ministro assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal após deixar o Ministério da Justiça, com o fim do governo Jair Bolsonaro (PL). 

Ele era o responsável pelo comando da segurança pública do DF quando a depredação de 8 de janeiro aconteceu. Horas após os atos terroristas em Brasília, na madrugada do dia 9 de janeiro, Anderson Torres se pronunciou pelas redes sociais, repudiou os ataques e negou conivência com os vândalos bolsonaristas.

A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Torres, em Brasília, em janeiro. No local, foi encontrada uma minuta de um decreto para instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mudar o resultado das eleições de 2022.