CPI da Enel: Venda de equipamentos de R$ 700 mi para o mercado paralelo será investigada na Alece

Segundo parlamentar, há fotos e vídeos que mostram atividades suspeitas da empresa com equipamentos que seriam usados no Ceará

O presidente da CPI da Enel, deputado Fernando Santana (PT), afirmou, nesta quarta-feira (24), que o colegiado investiga uma suposta venda parcial de equipamentos, adquiridos pela distribuidora para fazer a manutenção da rede elétrica do Ceará, no mercado paralelo

"Eles(Enel Ceará) teriam comprado R$ 700 milhões de equipamentos para manutenção (da rede no Estado) e estariam vendendo parte desses equipamentos no mercado paralelo. Por isso, o Estado do Ceará estaria sem manutenção. Nós estamos apurando essa denúncia, nós vamos questionar, direito nosso, nós estamos no finalzinho da apuração"
Fernando Santana (PT)
Presidente da CPI da Enel

Nesta quarta, a CPI da Enel realizou oitiva com o diretor-presidente da empresa no Estado, José Nunes Almeida Neto, que assumiu o comando da companhia no dia 4 deste mês. Ao ser questionado, ele negou que as vendas estariam ocorrendo. 

Ainda conforme Fernando Santana, a concessionária de energia estaria "terceirizando o serviço" com a empresa Equatorial Piauí. A Equatorial é responsável pelo abastecimento de energia no estado vizinho e já chegou a abrir diálogo para comprar a operação da Enel Ceará. A negociação, todavia, acabou não avançando. 

"Nós temos fotos e vídeos demonstrando que eles estavam terceirizando o serviço com a empresa Equatorial, que faz o Piauí aqui vizinho", acrescentou o parlamentar. 

As declarações foram feitas durante coletiva de imprensa antes da oitiva do executivo da Enel Ceará iniciar. Durante a reunião do colegiado, questionamentos sobre o tema foram repetidos. 

A reportagem também procurou a Equatorial Piauí para saber a ligação da empresa com a Enel Ceará no Estado. Em caso de resposta, o texto será atualizado.