Comissão Especial do Hidrogênio Verde é instalada no Senado; Cid Gomes preside o colegiado

O plano de trabalho para 2023 foi apresentado para que os demais membros da comissão possam analisá-lo e apresentar possíveis sugestões

O Senado instalou, nesta quarta-feira (12), a Comissão Especial do Hidrogênio Verde, presidida por Cid Gomes (PDT). O colegiado terá dois anos, prazo máximo, para debater políticas públicas sobre o que se espera ser uma futura commodity energética do País.

O objetivo é fomentar o ganho em escala dessa tecnologia de geração de energia limpa e avaliar políticas públicas que estimulem a tecnologia do hidrogênio verde.

O plano de trabalho para 2023 foi apresentado na sessão de instalação. A peça vai ser analisada pelos demais membros da comissão para a apresentação de possíveis sugestões.

Espera-se realizar sete audiências públicas no Senado e outras cinco em todo o País para ouvir o Poder Público, estudiosos e empresas do setor. Nessas ocasiões, os senadores vão coletar informações sobre experiências em curso e projetos futuros.

Além de Cid, compõem a comissão os senadores Otto Alencar (PSD-BA), Marcos Pontes (PL-SP), Fernando Dueire (MDB-PE), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Rodrigo Cunha (União-AL). Os suplentes são Ciro Nogueira (PP-PI), Eliziane Gama (PSD-MA) e Eduardo Girão (Novo-CE).

Tendência de crescimento

A produção e o uso do hidrogênio verde acontecem a partir da eletrólise da água, explica Cid Gomes. "Desse processo de eletrólise se produz o hidrogênio, o qual, por sua vez, é armazenado em células de combustíveis que podem ser transportadas e então usadas na geração de energia elétrica em outros locais, especialmente para movimentar motores”, completa.

O Ceará tem sido protagonista no setor, atraindo parcerias e aproveitando equipamentos e seus recursos naturais. As fontes solar e eólica – que geram a energia necessária para a síntese da água – abundantes no Estado e a parceria do Porto do Pecém com o Porto de Roterdã, na Holanda, possibilitam um Hub de Hidrogênio Verde em solo cearense.

“Já há definições na Europa de que Roterdã será a chegada do hidrogênio verde, porque isso demandará uma infraestrutura que o Porto de Roterdã já vem trabalhando”, informa.