O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos - RJ) negou, nesta quarta-feira (31), que não possui "qualquer ligação" com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Em nota, a equipe do político afirma que o parlamentar não recebia informações privilegiadas sobre indivíduos. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro virou alvo de operação da Polícia Federal (PF) na última segunda-feira (29).
"O Vereador Carlos Bolsonaro reitera que não possui qualquer ligação com a ABIN e tampouco solicitava e/ou recebia de pessoas vinculadas à agência qualquer tipo de informação e dados de terceiras pessoas", diz a nota, assinada pelo advogado Antonio Carlos Fonseca.
O jurista ainda informou que a defesa protocolou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de acesso aos autos da investigação da PF. O STF não analisou a solicitação ainda, conforme informou Fonseca, em nota.
Nesta quarta-feira (31), quatro diretores da Abin foram demitidos pelo Governo Federal. O grupo se junta a Alessandro Moretti, diretor-adjunto do órgão, que foi desligado na última terça-feira (30).
Por que Carlos Bolsonaro é investigado
Carlos é investigado no esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo apuração da TV Globo, o vereador é suspeito de receber informações do deputado Alexandre Ramagem (PL), diretor da Abin na época.
Ramagem é investigado e foi alvo de busca e apreensão pela PF em 25 de janeiro. Na última segunda-feira, a PF apreendeu celulares e aparelhos eletrônicos de todas as pessoas que estavam na casa da família Bolsonaro.