Capitão Wagner defende aliança com PL e Novo em Fortaleza: 'Vai ser uma eleição muito difícil'

Para ele, nomes que estão sendo ventilados pelo grupo governista do Ceará para a disputa, como Evandro Leitão e Luizianne, têm chances de ir ao segundo turno

Secretário da Saúde de Maracanaú e presidente do União Brasil no Ceará, Capitão Wagner defendeu, nesta sexta-feira (25), a formação de uma aliança com o PL e o Novo para a disputa pela Prefeitura de Fortaleza no ano que vem. Para ele, é necessário que os partidos de oposição se unam para tentar ir ao segundo turno e vencer o pleito. 

Apesar de se colocar como pretenso candidato, ele diz estar aberto para definir critérios para chegar a um nome em comum, caso os partidos fechem a aliança. Tanto no PL como Novo, também há nomes de pré-candidatos sendo discutidos. 

"A gente sabe que vai ser uma eleição muito difícil, como foi a eleição em 2022. Então, eu não tenho qualquer pretensão de achar que há qualquer garantia de a gente estar no segundo turno, de vencer a eleição. A gente tem que conversar, tentar, a partir de pesquisas, definir critérios para a gente definir qual seria o nome para apresentar ao povo de Fortaleza. Definir, com as partes aliadas, a vice também" 
Capitão Wagner
Presidente do União Brasil no Ceará

A declaração foi concedida durante evento de comemoração de uma universidade particular em Fortaleza, que reuniu políticos de diferentes grupos no Estado, como o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), o presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão (PDT), a vice-governadora, Jade Romero (MDB), além de deputados federais e estaduais, como Moses Rodrigues e Oscar Rodrigues.

'Momento muito bom' 

Para Wagner, a oposição precisa aproveitar a fragmentação no arco da aliança entre Prefeitura e Governo do Estado, pois "o momento é muito bom".

"A gente vê o grupo que era aliado, Prefeitura e Governo do Estado, hoje, estão em posições opostas. Isso dá oportunidade para um novo grupo chegar à Prefeitura de Fortaleza. A gente está na perspectiva, com muita tranquilidade, com os pés no chão", declarou. 

Ele apontou, inclusive, que os principais nomes que têm sido apontados pelo grupo que governa o Estado, os de Evandro Leitão (PDT) e Luizianne Lins (PT), para a disputa em Fortaleza, têm "grandes chances de estar no segundo turno". 

"São dois candidatos fortes, que a gente respeita. A Luizianne foi prefeita por oito anos, tem um recall muito grande, se eu não me engano foi a deputada federal mais votada em Fortaleza. O Evandro tem o respeito da Assembleia, dos parlamentares, me parece que é o candidato da preferência do Camilo, que hoje é o grande líder do grupo que está aí no Governo"
Capitão Wagner
Presidente do União Brasil no Ceará

Ampliar alianças 

Caso a aliança do União com PL e Novo não seja possível no primeiro turno, ele diz esperar uma campanha respeitosa para que as legendas possam se unir posteriormente, no segundo turno.  

Wagner ressaltou o diálogo aberto com os deputados estaduais Carmelo Neto (PL) e Dra. Silvana (PL), além do federal André Fernandes (PL), um dos cotados como pré-candidato; e disse que espera ser chamado para uma conversa institucional entre os diretórios da legenda. A pretensão, segundo o ex-deputado, é poder ampliar junção em outros municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), como Maracanaú e Maranguape.

Além do PL, o Novo já sinalizou pré-candidatura para a Prefeitura de Fortaleza. Em abril, o presidente estadual do partido, Afonso Maranguape, citou o nome do senador Eduardo Girão como um dos cotados para se candidatar em 2024.

'Não vamos abrir mão'

Presidente do PL Fortaleza, o deputado federal André Fernandes disse que o partido 'não abrirá mão' de candidatura própria para a Prefeitura de Fortaleza. 

"Estamos abertos para dialogar candidaturas e parcerias em outros municípios, mas na capital quem vai definir o candidato é Jair Bolsonaro, e este será do PL", ressaltou, por meio das redes sociais. 

Fernandes, inclusive, se lançou como pré-candidato do partido a Prefeitura de Fortaleza, em junho deste ano. Outro nome cotado dentro da legenda é o do deputado estadual Carmelo Neto (PL).

O deputado federal também destacou a "importância dos municípios do interior" e disse que, em outras cidades, a meta é lança "candidaturas 100% da direita alinhadas 100% com Bolsonaro, por mais que isso ultrapasse as bandeiras partidárias".