Capitão Wagner critica discurso de que 'bandido bom é bandido morto': 'bom é bandido que não existe'

Candidato defende criação de escritório de inteligência em parceria com a Polícia Federal e o FBI

Em agenda no bairro Rodolfo Teófilo, nesta quinta-feira (18), Capitão Wagner (União) criticou o discurso de "bandido bom é bandido morto". O candidato ao Governo do Ceará defendeu investimento em prevenção e inteligência para impedir "o acontecimento do crime". "Bandido bom é o bandido que não existe", completou.

Ele participou de inauguração do comitê do vereador e candidato a deputado estadual, Sargento Reginauro (União). Ainda nesta quinta, ele participa de uma reunião em Paracuru. 

Wagner aproveitou para alfinetar a condução das políticas de segurança pública durante os governos de Cid Gomes (PDT), Camilo Santana (PT) e Izolda Cela (Sem Partido). Segundo o candidato, as gestões tiveram "boa vontade" para sanar o problema da violência, mas "faltou pulso firme". 

Entre as propostas dele está a criação de um escritório de inteligência em parceria com a Polícia Federal e o FBI, além do uso de banco de cadastro para identificação de pessoas com mandado de prisão em aberto. Ele também pretende aumentar o efetivo das forças de segurança. 

"O trabalho ostensivo precisa ser melhorado principalmente no Interior. Nosso compromisso é colocar policiamento não só na sede dos municípios, mas nos distritos que tenham até 3 mil habitantes. A gente vai precisar adicionar o efetivo da polícia pelo menos mais 1,2 mil homens. (...)  Toda a estrutura da segurança pública precisa ser ampliada", ressalta.
Capitão Wagner
Candidato ao Governo do Ceará

Qualificação e reinserção da sociedade

Capitão Wagner também defendeu o trabalho de reinserção de presidiários na sociedade, após o cumprimento da pena. Ele disse que visitou presídios em São Paulo e Minas Gerais, onde teve contato com programas de qualificação da população carcerária. 

"Existem programas em que se qualifica e se capacita o preso para que, quando ele volte para a sociedade, ele volte com a possibilidade de se empregar e não retornar ao mundo do crime. Eu acredito muito nesse tipo de política", disse. 

Ele elogiou o atual secretário de Administração Penitenciária do Estado, Mauro Albuquerque, mas afirmou que "para além dos presídios a gente tem que organizar e disciplinar também as ruas".