Bolsonaro faz discurso após desfile de 7 de Setembro, beija Michelle e puxa coro de 'imbrochável'

O presidente citou ainda 'luta do bem contra o mal' nas eleições e fez comparação entre primeiras-damas

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou, na manhã desta quarta-feira (7), das comemorações, em Brasília, do bicentenário da Independência. Após assistir o desfile militar na Esplanada dos Ministérios, ele discursou para apoiadores em cima de um trio elétrico, onde elegiou a primeira-dama Michele Bolsonaro e puxou coro de "imbrochável", além de ter falado sobre as eleições para a presidência da República.

Também estavam ao lado de Bolsonaro o candidato a vice, Braga Netto (PL), além de empresários aliados, como o fundador da Havan, Luciano Hang. Ele disse que o Brasil trava uma luta do "bem contra o mal", em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário na disputa presidencial deste ano. O petista tem liderado as pesquisas de intenção de voto. 

Com forte resistência no eleitorado feminino, Bolsonaro aproveitou o discurso para enaltecer a primeira-dama, a quem chamou de "princesa"

"Eu tenho falado para os homens solteiros, para os solteiros que estão cansados de serem infelizes procurem uma mulher, uma princesa, se case com ela para serem mais felizes ainda", disse o presidente. Logo depois ele beijou a primeira-dama. 

Após se virar rindo para os aliados que estavam em cima do trio elétrico durante o discurso, ele acena para a multidão e depois, ao microfone, puxa um coro de "imbrochável, imbrochável, imbrochável".

Comparação de primeiras-damas

O presidente também falou diretamente sobre o dia de votação, no próximo 2 de outubro, e pediu aos apoaidores que estavam acompanhando o ato que convencessem os que tem opiniões diferentes. 

"A vontade do povo se fará presente no próximo dia 2 de outubro. Vamos todos votar, vamos convencer aqueles que pensam diferente de nós, vamos convencê-lo do que é melhor para o nosso Brasil", disse Bolsonaro. 

Ele sugeriu comparar, inclusive, as outras 'primeiras-damas', em referência a esposas e companheiras dos outros candidatos a presidência da República. 

"Podemos fazer várias comparações, até entre as primeiras-damas. Não há o que discutir. Uma mulher de Deus, família e ativa na minha família. Não é ao meu lado, não. Muitas vezes ela está na minha frente", disse, em alusão a Michele Bolsonaro.

Críticas ao STF

Ao contrário do 7 de setembro de 2021, quando fez críticas diretas ao Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro não direcionou nenhum ataque a Corte nesta quarta. 

Ele afirmou apenas que "hoje todos sabem" o que é o Poder Executivo, a Câmara dos Deputados, o Senador Federal e o Supremo Tribunal Federal. Ao citar o STF, os apoiadores de Bolsonaro vairam a Corte. 

O presidente afirmou ainda que, caso reeleito, irá levar "para dentro das quatro linhas" da Constituição Federal todos os que "ousam ficar fora delas". A promessa foi feita sem citar diretamente nenhuma instituição ou político. 

"Podem ter certeza, é obrigação de todos jogarem dentro das quatro linhas da nossa Constituição. Com uma reeleição, nós traremos para dentro dessas quatro linhas todos aqueles que ousam ficar fora delas", disse.