Após fraude filiar Lula ao PL, TSE inclui segundo fator para verificar filiações

O novo recurso será liberado a partir de fevereiro, segundo o órgão. Até lá, o Filia estará indisponível

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu incluir um segundo fator de autenticação no sistema de filiações após uma fraude filiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Partido Liberal (PL), sigla da qual o ex-presidente Jair Bolsonaro faz parte.

Segundo o Tribunal, a nova etapa de verificação do Sistema de Filiação Partidária, o Filia, será liberada no início de fevereiro.

Sendo assim, para evitar fraudes, os novos filiados deverão apresentar, também, o e-Título, para acessar o sistema. E, para isso, deverão estar com a biometria cadastrada na Justiça Eleitoral.

"O objetivo é aperfeiçoar os mecanismos de segurança já existentes e tornar cada vez mais protegidos os dados de eleitores filiados a partidos políticos no Brasil", justifica o órgão.

Além disso, o TSE informou que, para que seja inserido o recurso, o sistema ficará indisponível a partir deste sábado (13) até o início de fevereiro.

O que é autenticação de dois fatores?

Trata-se de uma camada extra de proteção utilizada em sistemas modernos. Ela pode ser feita, por exemplo, com códigos enviados por e-mail, SMS ou um aplicativo próprio para autenticação.

Falsa filiação de Lula

Um inquérito foi instaurado nessa sexta-feira (12) pela Polícia Federal para investigar uma suposta filiação do presidente Lula ao PL, partido de Bolsonaro.

Segundo o UOL, a fraude teria sido cometida em julho do ano passado, antes do início da campanha para as eleições gerais.