Reduzido o número de parentes eleitos à CM

A prática de lançar e apoiar parentes não é novidade nas casas legislativas do País e configura uma forma de determinadas famílias se perpetuarem no poder. Aparentemente, nos municípios do Interior, a prática parece ser mais comum. No entanto, na Capital, são muitos os políticos que fazem do parlamento uma extensão de seus lares, tendo familiares tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara Municipal. No último pleito, foram muitos os políticos que não tiveram sucesso com a referida prática.


O vereador Marcílio Gomes elegeu a esposa, Cláudia Gomes (PTC), para a Câmara Municipal FOTO: ALCIDES FREIRE

Para a nova composição da Câmara, somente o vereador Marcílio Gomes (PSL) e o ex-vereador Thomaz Holanda emplacaram parentes. O primeiro elegeu a esposa, Cláudia Gomes (PTC), e o segundo a filha, Tamara Holanda. Por outro lado, vereadores que já exerceram mandatos com o apoio de parentes conseguiram se reeleger. É o caso de Magaly Marques (PMDB), que teve o apoio do irmão, deputado Carlomano Marques (PMDB), e de Leda Moreira (PSL), que tem no irmão, deputado Augustinho Moreira (PV), seu principal cabo eleitoral.

Os vereadores Glauber Lacerda (PPS), Machadinho Neto (DEM) e Marcílio Gomes (PSL) não disputaram a reeleição e, para não correr o risco de perderem a linhagem no Legislativo, decidiram apoiar a candidatura de suas esposas, mas somente Marcílio teve êxito.

Frustrado

O ex-vereador Dumar Ribeiro também apostou no filho ser seu sucessor na Casa, mas Dummar Thomeny, do PSC, não obteve êxito no pleito. Assim como esses, o deputado estadual Ferreira Aragão (PDT) acreditou em sua influência para tentar eleger o filho, Ferreira Aragão Filho, ao Legislativo Municipal. Seu intento, no entanto, foi frustrado.

No PSDB, os deputados Fernando Hugo e Raimundo Gomes de Matos apoiaram as candidaturas de seus filhos, Renan Colares e Pedro Matos, respectivamente. No entanto, nenhum deles obteve êxito, e o vereador Carlos Dutra é o único tucano que deverá ocupar assento na Casa na próxima legislatura. O deputado estadual Mário Hélio (PMN), também apostou no irmão, Reinaldo Portela (PMN), que não se elegeu. Outro que não conseguiu eleger o filho foi o radialista Paulo Oliveira, que apostou no filho, Paulo Sadat.

Em legislaturas passadas, muitos foram os apoios dados a familiares, e o resultado foi uma quantidade grande de políticos que conseguiram eleger seus parentes. É o caso, por exemplo, de Elpídio Nogueira (PSB), Casimiro Neto (PP), Luciram Girão (PMDB), Carlinhos Sidou (PV), Marcus Teixeira (PMDB) e Paulo Gomes (PMDB).