Os governadores do Ceará, Camilo Santana (PT), e de São Paulo, João Doria (PSDB), se reuniram na manhã desta terça-feira (15) para discutir a produção da vacina contra a Covid-19 do Instituto Butantan, em parceria com a fabricante chinesa Sinovac. O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, também participou do encontro. Camilo defendeu que o imunizante seja incluído no Plano Nacional de Imunização, do Governo Federal.
“O objetivo de todos nós governadores é garantir a vacinação para a população dos nossos estados. Sabemos que o Butantan é uma instituição reconhecida no mundo inteiro, a maior fornecedora de vacinas ao Ministério da Saúde, então esperamos que a produção seja incluída no plano Nacional, é o nosso desejo”, afirmou o governador do Ceará.
“Nossa vinda é para firmar essa parceria, desejamos ter essa vacina o mais rápido possível no Ceará”, acrescentou.
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Irmanados
Segundo Doria, Camilo Santana estará, nesta tarde, no Instituto Butantan para avaliar a quantidade de vacinas necessárias para a primeira etapa de vacinação no Ceará, que inclui prioritariamente, por exemplo, os profissionais da saúde. “Estamos irmanados na busca das vacinas, e especificamente nessa do Butantan, para começar a vacinação de todos os brasileiros”, disse o tucano.
"Fiz questão de reforçar a importância do plano contar com todas as vacinas registradas, com distribuição simultânea para os estados, e que o início da vacinação seja o mais rápido possível, com a devida segurança. Defendo que o momento deve ser da união de todos, independente de questões partidárias ou ideológicas. O mais importante é a garantia da saúde da nossa população. E disso não abrirei mão”, publicou Camilo Santana nas redes sociais.
Reuniões
O encontro entre os governadores ocorre um dia após o chefe do Executivo do Ceará se reunir com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em Brasília. Na reunião, o governador informou que o Ceará deverá seguir o plano de vacinação proposto pelo Governo Federal.
A previsão é de que, nesta semana, o Ministério apresente um plano nacional de vacinação, que deverá ser seguido posteriormente pelos estados. “A partir do lançamento nacional será feito o lançamento regional", explicou o governador após a reunião com Pazuello.
“O Brasil precisa iniciar (o plano) com qualquer uma das vacinas, tendo o registro emergencial ou o definitivo”, destacou o cearense. O governador também informou que o Estado iniciou a compra de refrigeradores para armazenamento e seringas para aplicação da vacina.
Segundo Camilo, a expectativa é que o Brasil tenha cerca de 300 milhões de doses disponíveis em 2021 – 15 milhões até o dia 15 de janeiro. O governador indicou disposição de adquirir mais de um tipo de imunizante para o Ceará, desde que esteja registrado e aprovado de forma definitiva ou emergencial.