A Inteligência Artificial (IA) generativa — capaz de criar conteúdos a partir de dados já existentes — pode interferir em profissões técnicas e repetitivas, mas, segundo um estudo, atividades que envolvem alta capacidade de análise crítica serão as menos impactadas pela tecnologia na próxima década.
Isso acontece, pois, segundo a pesquisa “Skills Outlook: Gen AI Proof Jobs (Trabalhos à prova da IA generativa, em tradução livre)”, da empresa de educação Pearson, a IA generativa ainda é imprecisa em relação a cálculos. Ela também não consegue substituir habilidades como criatividade, comunicação e liderança. As informações são da CNN.
No Brasil, o ranking de empregos que devem ser menos impactados pela tecnologia é formado por funções que, atualmente, têm a possibilidade de a IA automatizar ou aprimorar menos de 5% do tempo gasto pelos profissionais dessas áreas.
Profissões menos ameaçadas pela IA no Brasil, segundo estudo:
- Chefes executivos — 3%
- Engenheiros civis — 3%
- Técnicos de Engenharia Elétrica — 4%
- Oficiais de políticas de Saúde Pública — 5%
- Advogados — 5%
As profissões administrativas ou de gerenciamento são as mais ameaçadas pela tecnologia, conforme o estudo, até mesmo mais do que as manuais e operacionais.
Funções que envolvem tarefas técnicas e repetitivas — como atender e direcionar chamadas e agendar compromissos, por exemplo — já podem ser substituídas pela IA generativa. Ao todo, cerca de 30% ou mais das tarefas de gerenciamento poderiam ser realizadas com o uso da tecnologia.
Profissões mais ameaçadas pela IA no Brasil
- Caixas — 33%
- Escrituração, contabilidade e auditoria — 32%
- Operadores de telemarketing — 31%
- Funcionários de faturamento, custos e taxas — 29%
- Cobradores e profissionais de sistemas de cobrança — 29%
Na pesquisa, os estudiosos usaram a própria IA generativa para analisar tarefas relacionadas a mais de cinco mil profissões e o tempo gasto em cada uma delas em cinco países — Austrália, Brasil, Índia, EUA e Reino Unido. O resultado corresponde à porcentagem de tempo poupado pela tecnologia até 2032.