Não há democracia sem a imprensa. É o jornalismo que denuncia as irregularidades do poder público e cobra o cumprimento da Constituição. Não existe democracia firme sem um jornalismo livre.
Líderes políticos, que administram o dinheiro público, precisam ser questionados de como esse recurso está sendo implementado. É por isso que os projetos que tramitam no Parlamento são tão abordados pelo jornalismo.
É de interesse público saber o que um prefeito, governador ou presidente da República fez com o dinheiro dos impostos pagos por todos nós diariamente.
Isso é jornalismo.
Comunicar é uma tarefa árdua. Dá muito trabalho levar informação de qualidade ao leitor. Informação é preciso ser checada com gente que é treinada para isso. São quatro anos dentro de uma universidade aprendendo técnicas e desenvolvendo o senso crítico.
Muitas vezes é até mais tempo do que isso porque vem uma especialização, um mestrado ou doutorado. A pesquisa em comunicação é cada vez mais necessária nos tempos de hoje, por tudo o que temos vivido.
Comunicar não é divulgar inverdades nas redes sociais e mentir de forma intencional e desenfreada. Informação salva vidas e muda o rumo de uma sociedade. Ainda mais quando estamos passando por uma pandemia que matou mais de meio milhão de brasileiros.
É o jornalismo, uma atividade essencial reconhecida por todo o País, que orienta os brasileiros que usar máscaras e lavar bem as mãos são atitudes fundamentais para evitar a transmissão da Covid-19.
Apesar da importância da comunicação, o jornalismo segue sendo atacado diariamente, por diversos atores, de diversas áreas, inclusive da política. É claro que há falhas, como em qualquer profissão. Os ataques, no entanto, não são pelos erros, e sim pelos acertos.
Líderes regionais e nacionais insistem em dar aula de jornalismo a jornalistas. Gente que nunca deu um dia de expediente no ramo e acha que sabe do que se trata. Ingenuidade ou ousadia?
Quem não aceita o jornalismo como ele é, ainda precisa aprender a conviver com a democracia, e respeitar a Constituição.
Aos colegas jornalistas, nos resta manter a firmeza, a correção e a rigidez do que se faz. Nunca foi fácil, nem será.