Um dos principais entusiastas da candidatura de Sergio Moro à presidência da República, o senador cearense Eduardo Girão (Podemos) lamentou a desistência do ex-juiz de ser uma das opções ao Palácio do Planalto nas eleições de outubro.
Moro acabou encontrando resistências para sair candidato e abriu mão da disputa para iniciar um debate entre os nomes do centro que tentam um acordo.
"Respeito e compreendo a decisão partidária de Sérgio Moro, um cidadão decente e corajoso por quem, nós brasileiros, nutrimos gratidão pelos valorosos serviços prestados ao País", disse o parlamentar.
O ex-ministro acabou deixando o Podemos para se filiar ao União Brasil. Nos bastidores, circula a informação de que o ex-juiz teria como plano b uma candidatura a deputado federal. Moro, no entanto, não confirmou a hipótese.
Girão disse que vai continuar trabalhando por uma candidatura alternativa e competitiva que evite uma vitória eleitoral do Partido dos Trabalhadores no pleito de outubro.
Pretendo continuar trabalhando, no limite de minhas forças, para que tenhamos uma opção a fim de evitar a maior tragédia para o Brasil que seria o retorno do PT e seus aliados ao poder após tantos desvios demonstrados pela operação Lava Jato, patrimônio e símbolo internacional positivo da nossa nação, que foi desmantelada pelos três Poderes da República
Palanque
Com o recuo de Moro, o palanque do pré-candidato a governador do Ceará, Capitão Wagner (União Brasil), ficará mais espaçoso. Havia a possibilidade de o grupo em torno do nome do deputado unir lideranças que tinham ao menos três candidaturas presidenciáveis: Moro, Lula e Bolsonaro.
Girão estava trabalhando pela estrutura partidária de Sergio Moro no Ceará. Na última visita do ex-magistrado ao Estado, em fevereiro deste ano, o parlamentar organizou agenda e defendeu a pré-candidatura como alternativa viável para o governo a partir de 2023.
Com informações da repórter Luana Barros