A Fortescue anunciou, nesta quarta-feira (17), que o projeto de R$ 25 bilhões para produção de hidrogênio verde no Complexo do Pecém, no Ceará, recebeu a decisão antecipada de investimento (EID, por sua sigla em inglês).
Isso significa que o projeto segue avançando, com o aval da diretoria da empresa, encontrando-se, neste momento, na fase de viabilidade.
A previsão é que, em 2025, seja divulgada a decisão final de investimento (FID), que determinará a continuidade ou não do projeto.
No anúncio, o grupo destacou que o Projeto Pecém está entre os prioritários do seu portfólio no mundo, alinhado com seu objetivo de descarbonização da indústria.
Projeto de engenharia e fornecedores
Neste momento, a gigante australiana está trabalhando nas últimas definições e ajustes do projeto de engenharia, antes de iniciar a preparação da área da indústria.
A Fortescue disse ainda estar discutindo com atuais e possíveis fornecedores detalhes do projeto para, assim, seguir avançando com a contratação de serviços e produtos locais.
Início das obras até o fim do ano
A companhia recebeu recentemente a autorização da Semace para iniciar as obras de preparação do terreno. O pontapé inicial desses trabalhos deverá ocorrer até o fim do ano.
“À medida que a mudança climática avança, o que acontece rapidamente, a única escolha deve ser parar de usar combustíveis fósseis”, afirma o Chairman Executivo da Fortescue, Andrew Forrest.
“A energia verde é o único recurso que pode ser desenvolvido de forma rápida. A expansão da energia verde da Fortescue levará apenas alguns anos, enquanto outros levarão décadas”, acrescenta o executivo.
PL do Hidrogênio
Conforme a companhia, a aprovação do PL 2308/2023 no Congresso Nacional, que estabelece o Marco Legal e a Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, representa um passo fundamental para a indústria.
O PL segue agora para sanção presidencial e, posteriormente, sua regulamentação.
“O Brasil fez um importante avanço na regulamentação de uma indústria que protagonizará a descarbonização e a transição energética nacionais, passos fundamentais para a neoindustrialização verde da economia brasileira. A cadeia de valor do H2V abrange todo o país e beneficiará diversos setores industriais, como fertilizantes, cimento, aço e aviação, por exemplo. O Brasil está no rumo certo”, afirma o gerente regional de Relações Governamentais da Fortescue para a América Latina, Sebastián Delgui.
Projetos globais
A empresa informou ainda que continuará avançando nos projetos Arizona Hydrogen, nos Estados Unidos, e Gladstone PEM50, na Austrália, que receberam decisão final de investimento. Além disso, os projetos Pecém, no Brasil, e Holmaneset, na Noruega, receberam a decisão antecipada de investimento.
A Fortescue continua explorando possibilidades em seus projetos no Marrocos, Argentina, Nova Zelândia, Omã, Egito, Quênia, Noruega, Jordânia e Estados Unidos.