Jogo bom de ser visto, com alternâncias de domínio e oportunidades. empate (1 x 1) refletiu o desempenho dos adversários. Faltou o herói com o gol da vitória. Na fase inicial, o Flamengo com mais posse de bola, mas o Ceará mais perigoso nas conclusões. O Flamengo, embora com vários desfalques (Isla, Rodrigo Caio, Arrascaeta, Bruno Henrique), manteve-se envolvente. Fernando Sobral (o melhor do jogo) fez a diferença. Dele o passe perfeito para o gol de Vina (1 x 0). Vina fez as pazes com o bom futebol: além do gol, teve boa participação coletiva. Na fase final, por ironia, justo quando o Ceará aplicava pressão, Vitinho no contra-ataque fez o gol do Flamengo (1 x 1). A partir daí, equilíbrio. Rikc poderia ter sido o herói do jogo. Após drible curto, finaliza. A bola já havia passado do goleiro Diego Alves, mas Léo Pereira salvou. Rick poderia ter servido Clebão, que estava só e de frente para o gol. Não o fez. Depois, quem salvou foi Richard. Fez notável defesa em chute de Michael à queima-roupa. Estas foram as chances mais claras. Depois uma multidão de substituições. Aí vira pelada. Para finalizar, a insensatez do árbitro Vuaden. Aos 50 minutos, marcou falta perigosa para o Ceará, mas não permitiu a cobrança. “Gaiato”.
Trauma
Depois que Bruno Melo perdeu o pênalti, mandando a bola na trave do Juventude, observei no semblante dele o espanto, a amargura, a decepção. Pela segunda vez consecutiva, o Fortaleza deixa de subir para a vice-liderança em razão do desperdício de uma penalidade máxima. Uma vez, tudo bem, é compreensível. Duas, não. Três... Não, gente, isso é demais. Virou trauma.
Problema
Não é de hoje que o Fortaleza sofre com perdas de pênalti. Na semifinal da Copa do Nordeste, este ano, o Leão foi eliminado pelo Bahia nos pênaltis. O Bahia fez quatro; o Fortaleza, só dois. Já na Série A, Pikachu perdeu um pênalti no empate com o Grêmio. Crispim perdeu um pênalti no empate com o Santos. Bruno perdeu um pênalti no empate com o Juventude. Seis pontos jogados pela janela.
Perdas
Não se admite que em duas oportunidades seguidas, dois jogos em sequência, o Fortaleza tenha deixado de assumir a vice-liderança do Campeonato Brasileiro, Série A, pela incompetência nas cobranças de pênalti. Assim está demais, gente. Vojvoda tem que refletir sobre isso. Saber converter pênalti faz a diferença, ganha jogo, ganha título.
É uma arte
Wellington Paulista chegou a perder dois pênaltis num só jogo, quando insistiu no sassaricar antes das cobranças. Depois de muitas críticas sofridas, ele entendeu que era hora de abandonar o sassarico. Aí, com extrema competência, voltou a assinalar gols de pênalti como nos velhos tempos. Pena nem sempre ele estar no jogo quando os pênaltis a favor do Fortaleza são marcados.