A maior competição das Américas é a Libertadores. Há alguns anos, parecia uma utopia, sonho irrealizável, um time cearense participar de uma disputa assim. O Fortaleza, com sua bela campanha em 2021, conquistou a tão sonhada vaga. Mas, o que era motivo de orgulho, passou a ser motivo de preocupação. Trabalhar em três frentes (Série A nacional, Copa do Brasil e Libertadores) exige elenco maior para fazer a rotatividade, sem cair a qualidade. As dificuldades do Fortaleza são notórias.
Exemplo: Tinga se machucou. Não há substituto para realizar trabalho semelhante. Os reservas têm características diferentes. Não estou dizendo que sejam ruins. Não é isso. Apenas, com Tinga, o apoio e subidas pela direita são realizados com melhor proveito. Até agora ninguém conseguiu realizar o que o Éderson realizava na meia-cancha tricolor. E faz tempo que Éderson foi embora. Os compromissos de alta responsabilidade, mais cedo ou mais tarde, iriam trazer desgastes e consequências graves. Lamentavelmente sobrou para a Série A, onde o desconforto é grande. Independente das circunstâncias, o Fortaleza tem de ir à luta hoje diante do Estudiantes. E fazer o que estiver ao seu alcance.
Nó górdio
São incríveis as voltas e reviravoltas que o futebol dá. O Fortaleza lutou tanto para chegar à Libertadores. Chegou com méritos. E faz significativa campanha. Se puder alcançar um resultado bom no jogo de hoje, ótimo. Mas terá de dosar energias. Nada de extrapolar os limites da condição física porque domingo já tem o Coritiba no Couto Pereira. Está aí um nó górdio para desatar.
Desatar
A lenda do nó górdio sugere que um problema complexo seja resolvido de forma simples e eficaz. A solução, muitas vezes, está bem próxima, aos olhos, mas o sujeito não vê. Talvez o técnico Juan Pablo Vojvoda não esteja vendo uma solução que está em casa mesmo. É hora de desatar o nó górdio, caro treinador Vojvoda.
Vitória
Ganhar do Estudiante é importante, pois leva a vantagem do empate para o jogo de volta, dia 7 de julho, uma quinta-feira, no Estádio Jorge Luis Hirschi, em La Plata. Tudo bem. Mas o Leão não pode esquecer de um objetivo maior: sair da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. A prioridade, a meu juízo, é a permanência na Série A nacional de 2023.
Série C
Faltam sete rodadas para terminar a fase classificatória da Série C nacional. O Floresta (14º), com 14 pontos, e o Ferroviário (15º) com 12 pontos ainda têm condições de chegar ao G-8, mas terão de encaixar uma série de vitórias consecutivas. A situação está muito difícil. O Atlético-CE é o lanterna com 10 pontos. Velho ditado: a esperança é a última que morre.