Fortaleza e Ceará voltam a campo. O Leão vai ao Estádio Lindolfo Monteiro em Teresina, onde enfrentará o Altos. O Ceará recebe no Castelão o CSA, que está coladinho no Fortaleza no Grupo A. A diferença é de um ponto só. Por via indireta, o Vozão pode até segurar o principal perseguidor do Leão. As circunstâncias dos dois jogos são bem diferentes. O Ceará jogará no estádio padrão FIFA, com todas as excelências advindas daí. O Fortaleza vai ao Estádio Lindolfo Monteiro, praça esportiva modesta, que foi o principal templo do futebol em Teresina, antes da construção do Estádio Albertão. O Altos, adversário tricolor, faz campanha razoável. Está em oitavo lugar. Costuma dar muito trabalho aos visitantes. Teoricamente, o Fortaleza é favorito, mas é melhor deixar para lá tal condição. Já o CSA, adversário alvinegro, faz boa campanha. Previsão de um jogo equilibrado. Momento muito bom para o Vozão, em caso de vitória, ir fazendo esquecer as mágoas que ficaram pela eliminação sofrida diante do Iguatu. As vitórias são como água na fervura: abafam as crises. Seria, então, a segunda vitória consecutiva do Ceará. Tudo o que o presidente Robinson de Castro deseja para retomar a tranquilidade em Porangabuçu.
Saudosismo
Eu sou saudosista de carteirinha. Quando escuto falar no Estádio Lindolfo Monteiro, volto à década de 1960. De lá, pelas ondas da Rádio Pioneira ou Rádio Difusora de Teresina, ouvia o narrador Dídimo de Castro e o comentarista Carlos Said cobrindo os jogos do Campeonato Piauiense. Coisas que o tempo levou, mas que ficaram na minha memória.
Lembranças
Neste poço de saudade em que vivo, lamento não ter conhecido o Estádio Lindolfo Monteiro. Conheci o Estádio Albertão, onde narrei um jogo. Mas prefiro ter o Estádio Lindolfo Monteiro como eu o imagino até hoje, conforme o cenário criado pelos comunicadores Dídimo de Castro e Carlos Said. Há uma magia que não quero quebrar com o impacto da realidade.
Comunicadores
Não conheço pessoalmente a famosa dupla Dídimo de Castro e Carlos Said, a de maior sucesso do rádio piauiense em todos os tempos. Tenho pelos dois uma profunda admiração e respeito. Li sobre Dídimo e há algum tempo vi, no Youtube, participações dele na televisão. Não vi imagens recentes de Carlos Said. Aos dois, o meu abraço. Parabéns pelos que representam para o rádio nordestino.
Estádios
Nesta viagem de reminiscências, que peço para continuar um pouquinho mais, desembarco no Estádio Nhozinho Santos em São Luís. Modesto. Menor que o PV. Narrei um jogo lá. Conheci o Estádio Juvenal Lamartine, em Natal. Também narrei um jogo lá. Os dois não têm a grandeza dos estádios de hoje, mas talvez, por isso mesmo, mais acolhedores. Saudade grande da década de 1960.
