Golear por 4 virou algo comum

O futebol brasileiro tem apresentado resultados que conduzem a reflexões. Até os chamados times de ponta, não raro, padecem placares elevados. Ainda anteontem o Palmeiras aplicou 4 a 0 no Corinthians. Portanto, num dos mais importantes clássicos do futebol paulista. Na 19ª rodada, o São Paulo foi ao Maracanã e aplicou 4 a 1 no Flamengo. Antes, na 11ª rodada, o Bragantino já estabelecera 4 a 2 no Ceará em Bragança Paulista. Na 12ª rodada, o Fluminense fez 4 a 0 no Coritiba. Na 13ª rodada, o Atlético Mineiro meteu 4 a 1 no Vasco. Na 14ª rodada o Fluminense aplicou 4 a 1 no Goiás. Na 18ª, o São Paulo derrotou o Botafogo por 4 a 0. Na 20ª rodada, o Atlético Mineiro fez 4 a 0 no Flamengo. Na 21ª rodada o Grêmio aplicou 4 a 2 no Ceará. Na 22ª rodada o Bragantino goleou o Bahia por 4 a 0. Na 23ª rodada, duas goleadas de quatro: em São Januário o Ceará meteu 4 a 1 no Vasco. E o Santos fez 4 a 2 no Sport. Na 24ª, o Grêmio fez 4 a 0 no Vasco. Na 26ª rodada o Flamengo fez 4 a 3 no Bahia. Na 28ª o Bragantino meteu 4 a 2 no São Paulo. Na 30ª, o Internacional fez 4 a 2 no Fortaleza. Ganhar de quatro está sendo quase comum. Isso não acontecia com tanta frequência. 

De cinco 
A maior goleada da Série A nacional foi Corinthians 5 x 0 Fluminense. Jogo no Itaquerão em São Paulo, válido pela 29ª rodada. Ganhar por cinco gols de diferença é mais difícil. Houve apenas esse registro. Agora, tomar de quatro é só o que acontece no atual certame. É uma mistura grande. 

Estrela Solitária 
Quem vê o Botafogo de hoje não acredita que esse time em 1962 foi considerado o segundo maior do mundo, atrás apenas do inigualável Santos de Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. No Botafogo, Garrincha, Didi, Quaretinha, Amarildo e Zagalo. Duas máquinas inesquecíveis. 

Esquema 
A propósito dessas formações, observem que o modelo tático era o 2-3-5. A valorização da linha ofensiva era total. Cinco atacantes. Aqui, na década de 1960, a Seleção Cearense, comandada pelo saudoso húngaro, Janos Tatray, tinha no ataque Carlito, Charuto, Gildo, Mozart e Baybe. Show. 

Tática
Há tantos modelos táticos que duvido sejam todos assimilados pelos atletas. Os mais fáceis são o 4-4-2 e o 4-3-3. Fora disso, há muita elucubração de gente que quer mostrar serviço. Quando a bola rola, às vezes, torna-se impossível dizer qual é o modelo tático. É mais fácil entender o “modelo angu”, do Praxedes Ferreira. Não é mesmo, Wilton Bezerra?