Em busca de uma identidade

O time do Fortaleza está confuso. Mesmo antes da saída de Ceni já dava sinais de queda de ritmo. Com a saída do Mito, foi como se o time tivesse perdido o pai de todas as ideias. Teve de adaptar-se à nova situação, mas não há conseguido. Não deixou de ser o time de Ceni nem passou a ser o time de Chamusca. Não é o que foi ontem, nem é o que poderia ser hoje. Perdeu a identidade. Onde está o time de elevada intensidade? Onde foi parar o time sinônimo de rapidez? Cadê o futebol que encantou pela automação? É normal um grupo sentir a saída de um treinador, máxime se este fez história, mas não é normal sumir por mudança de comando. O Fortaleza de hoje é apático. Paulão traduziu o atual momento, quando cobrou empenho. O Leão entra em campo como se não tivesse compromisso com a história. A missão de Chamusca é dar uma nova identidade ao time. Um time que possa ser chamado pelo nome e não um amontoado amorfo, como foi visto no clássico de domingo. 

Grupo  

O que mais deixa atônita a torcida é o fato de o grupo ser o mesmo de tantas glórias. Felipe Alves, Tinga, Gabriel Dias, Jackson, Paulão, Juninho, Felipe, Romarinho, Osvaldo, David, Wellington Paulista, Yuri Cesar... Enfim, os mesmos vencedores agora perdedores. Não dá para entender. 

Ascensão 

Em entrevista recente, Lima disse que estava na sua melhor forma. Eu disse que ainda faltava um pouco para ele ser o da primeira passagem, quando o Ceará era Lima e mais dez. Mas, no clássico, repensei. Lima foi notável. Pode ainda não ser o Lima da primeira passagem, mas está perto. 

Passes 

Quem teve destacada atuação no clássico foi Clebão. Além do belo gol, seu trabalho no conjunto foi muito eficiente. Por duas vezes, Clebão deixou Vina de frente para o gol, pronto para marcar. Mas Vina desperdiçou. Assinalar gol no clássico é benção para quem busca consagração. Clebão marcou. 

Pílulas 

A Escolinha de Triathlon “Formando Campeões”, em Caucaia, encerrou as atividades de 2020 com natação, ciclismo, corrida e muita animação. O CEO da Aeris Energy, Alexandre Negrão, praticou atividades físicas junto com 50 crianças e adolescentes da escolinha.  

O projeto é coordenado pela Fetriece e gerido por Juraci Moreira, triatleta de três Olimpíadas. A patrocinadora, Aeris Energy, que tem duas fábricas em Caucaia e produz pás para energia eólica, dá extrema importância ao apoio social, elemento agregador de superação e sentimento de equipe.