O Ceará ainda padece as consequências de dois sérios tropeços: derrota para o Bragantino em São Paulo e empate com o Goiás no Castelão. Na conta de qualquer torcedor, por baixo mesmo, quatro pontos nos dois jogos. Vozão conseguiu apenas um ponto. Isso certamente fará muita falta no futuro. Um perigo iminente é a aproximação dos que estão atrás. Hoje o Ceará é o 12º, com 14 pontos. Acontece que os times do 13º ao 16º estão com um jogo a menos. Portanto, todos em condições de ultrapassagem. Segurar esse grupo só mesmo tomando aula com o Emerson Fittipaldi. Na época em que era campeão mundial da Fórmula 1, dificilmente Emerson perdia posição quando atacado. Frio e calculista, fechava os pontos vulneráveis. A questão aqui é mais complicada porque o Ceará não depende apenas de si para segurar a posição. Está nas mãos de terceiros. Apertando o alvinegro estão Atlético-GO (13º), um ponto a menos e um jogo a menos; Grêmio (14º), um ponto a menos e um jogo a menos; Corinthians (15º), dois pontos a menos e um jogo a menos; e o Coritiba (16º), três pontos a menos e um jogo a menos. Depois daí é a turma do rebaixamento. Assusta olhar para o retrovisor.
Observação importante
Consta a favor do Fortaleza o fato de ter jogado com sete dos doze times grandes do Brasil. Detalhe importantíssimo: cinco deles fora de casa. Perdeu injustamente no Morumbi para São Paulo (1 x 0) e no Maracanã para o Flamengo (2 x 1). Empatou com o Corinthians no Itaquerão (1 x 1), com o Grêmio em Porto Alegre (1 x 1) e com o Santos na Vila (1 x 1).
Em casa
O Fortaleza recebeu em casa o Botafogo. Lamentavelmente só empatou. E, na penúltima rodada, recebeu o Inter. Aí se deu bem: ganhou (1 x 0) com golaço de Felipe. Quando cito sete dos doze times grandes, cabe um reparo: este ano na Série A são apenas onze, pois o Cruzeiro está na B. O Fortaleza jogará aqui com Santos, Grêmio, Flamengo, Corinthians e São Paulo. É boa vantagem.
Resposta
Louvável a participação de Ronald, Fragapane e Yuri César no empate com o Santos na Vila Belmiro. Corresponderam plenamente dentro do propósito estabelecido pelo treinador Rogério Ceni. Para minha surpresa, quando Marlon entrou, imaginei que iria fica embaixo, ajudando no bloqueio das investidas do Santos pela esquerda. Marlon ficou na frente como ponta mesmo.
Há que se observar, porém, que decisão de campeonato entre os maiores rivais não permite conclusões antecipadas. As próprias circunstâncias mudam. Aliás, foi assim no jogo entre ambos no Estádio Pituaçu na Bahia.
Amanhã, o primeiro jogo da decisão do Campeonato Cearense. No momento, me parece o Fortaleza melhor definido, com objetivos mais claros. Situação diferente da época da Copa do Nordeste em Salvador.
