Após a derrota em Pelotas, aumentou a responsabilidade do Fortaleza para o jogo de volta no Castelão. Mas o tricolor tem condições, sim, de reverter a situação. Não vi no time gaúcho nada de especial, a não ser a bem trabalhada jogada aérea. Esta preocupa. Mas, nos outros segmentos, o time gaúcho mantém apenas trivial produção. Presume-se que aqui o Brasil jogará fechado. Uma das armas do Fortaleza, em tais circunstâncias, poderá ser tiros fortes de fora da área. Pio é especialista nisso. Outra opção é a habilidade em dribles na entrada da área para provocar faltas perigosas. Pode ser que eu me engane, mas penso que o Brasil, já pela vantagem, usará de marcação forte, antes mesmo de aventurar-se no campo tricolor. Dá, sim, para o Leão tirar a diferença.
Tensões
A torcida do Fortaleza deve estar preparada para as dificuldades do jogo de volta. E jamais deverá passar para o campo inquietações e apreensões das arquibancadas. Isso poderá ser muito prejudicial. A construção da vitória tricolor necessariamente passará pela paciência e controle emocional do time e da torcida.
Desconexão
Outro fator importante será a desconexão entre o mata-mata presente e os dois mata-matas anteriores. Por mais paradoxal que pareça, neste mata-mata o Leão está em desvantagem, fato não havido diante do Oeste e do Macaé. Por isso mesmo, creio, haja melhor disposição de espírito, proporcional ao desafio que é maior. Corrente positiva, gente.
Recordando
12 de outubro de 2008. Hoje, faz exatamente sete anos que o Brasil ganhou da Venezuela por 4 a 0. Na foto o atacante Adriano comemora o gol que marcou. O jogo aconteceu no Estádio Poliesportivo Pueblo Nuevo em San Cristobal na Venezuela. Marcaram para o Brasil Robinho (2), Kaká e Adriano. O técnico era Dunga quando de sua primeira passagem na função. Dos que atuaram naquele jogo só há um remanescente hoje: Kaká.
Riscos calculados
No mata-mata, dois fatores contribuem muito para definir situações: a) fazer gol ou gols na casa do adversário; b) não sofrer gols em casa. Nesta última parte reside a maior preocupação. Para cada gol que o Brasil venha a marcar aqui, o Fortaleza terá de fazer dois. Ao Leão não será admitido descuido atrás e se exigirá perfeição nas finalizações.
Grupos
O Ceará segue seus trabalhos para o jogo em Criciúma. Por enquanto, sem novidades senão o modelo que Lisca, lutando contra o tempo, tenta implantar. A própria torcida mostra-se bem dividida em grupos. Alguns já jogaram a toalha; outros mantém a esperança. O resultado em Criciúma definirá qual grupo aumentará.
Otimismo
Não poderia ser diferente a postura do técnico Lisca. Sabe das mil dificuldades que o time terá de enfrentar. Sabe que os dois jogos fora respectivamente contra Criciúma e Botafogo definirão na prática os rumos a seguir. Ainda assim mostra-se otimista, mesmo em meio a turbulências de uma pressão imposta pelas próprias circunstâncias. E não poderia ser diferente.
Selecionadas. Dos atuais convocados, nove já atuaram pelo Brasil no Castelão: Oscar (3 jogos), Marcelo (3), Daniel Alves (2), Luiz Gustavo (2), Hulk (2), Willian (1), Lucas Silva (1), Fernandinho (1) e Kaká (1). Os 8 primeiros entre 2013/2014 (Copas das Confederações e do Mundo). Kaká atuou aqui há 13 anos (2002, Brasil 0 x 1 Paraguai). Dunga atuou uma vez no Castelão como atleta (1995 - Brasil 5 x 0 Eslováquia). Como técnico aqui fará seu primeiro jogo amanhã contra a Venezuela. (Dados de Airton Fontenele).
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