Frustração. É esse o sentimento terrível que a torcida terá de espantar, visando a preservar algo mais forte, que combata as seguidas decepções. Fortaleza e Ceará, na reta final, estão passando tormento aos desportistas. A permanência do Fortaleza na Série C deixa a nação tricolor atônita porque mais uma vez lhe escapou a classificação em casa, diante de mais de 60 mil torcedores. Até quanto perdurará esta sina? O Ceará, por sua vez, amplia o número de derrotas e reduz a quase nada algum sonho de não cair. O ano presente para o futebol cearense está sendo cruel em todos os sentidos. Verdade que o Fortaleza foi campeão cearense. Verdade que o Ceará foi campeão do Nordeste. Mas na competição nacional ninguém caminhou para frente. Nesta parte, a última imagem é a que fica.
Sete
O Fortaleza vai para o sétimo ano na Série C. É demais. Entretanto, jamais poderá abdicar da luta para voltar à Série B. O Santa Cruz/PE passou por situação pior: em 2006 caiu da A para a B; em 2007, caiu da B para a C; em 2008 da C para a D. Ficou na D em 2010 e 2011. Em 2011 conseguiu subir para a C. Em 2013 subiu para a B, onde está agora.
É luta
Pelo exposto ao lado, o Fortaleza tem de buscar no exemplo do Santa forças para seguir adiante. Observe que o Santa passou ainda dois anos na Série D. Hoje o Santa é o 7º da Série B, com 48 pontos e com chances de ainda chegar o G-4. Outro detalhe: mesmo quando na D, a torcida do Santa continuou batendo recordes de público em Pernambuco.
Descrença
O Ceará está próximo do rebaixamento. Quando vi o primeiro gol do Criciúma (a bola desviou no atacante e tirou do lance Éverson, goleiro do Ceará) percebi o quanto se tornaria difícil uma retomada alvinegra. Há momentos na vida em que a sorte parece sempre do outro lado. No caso do Ceará não é apenas falta de sorte: é também visível limitação.
Liceu
Hoje 170 anos do Liceu do Ceará, tradicional colégio brasileiro onde passei sete anos. Solenidade comemorativa logo mais às 19h. Meus cumprimentos à diretora Catarina Inês de Almeida, aos coordenadores Rena Machado, João Lúcio e Adriana Shineider e aos liceístas em geral na pessoa do prof. Auriberto Cavalcante.
Ínfima esperança
A pergunta que mais me fazem: o caso do Ceará ainda tem jeito? Pelo futebol que vem praticando, claro que não. A ínfima esperança alvinegra ainda repousa nessas coisas impossíveis que o futebol às vezes apronta, contrariando todas as lógicas. O técnico Lisca até deu uma feição inicial melhor ao alvinegro. Mas o primeiro gol sofrido deixou o time fora de tempo. Incrível.
Apoio coral
Hoje, às 20h15, no PV, o Ferroviário (7 pontos, 3º colocado) enfrenta o Tiradentes (6 pontos, 4º colocado) pela Taça Fares Lopes. Ainda está muito indefinido o Grupo A2, onde quem mais brilha é o líder Pacatuba (9 pontos e dois jogos a menos). A torcida coral está em dívida para com o clube. O comparecimento tem sido insignificante. Assim fica mais difícil o trabalho de recuperação que Carlos Mesquita, Carlos Mota e Vilemar tentam incrementar na Barra. Sem torcida, não dá.
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